Uso de aeronaves no combate a incêndios florestais é tema de capacitação
Com o tema "O emprego eficiente e eficaz de aeronave nos incêndios florestais", a primeira capacitação de integração das brigadas no combate ao incêndio reuniu cerca de 30 operadores aéreos, da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), entre pilotos e tripulantes, que receberam instrução de combate a incêndio com o uso de aeronaves. A capacitação, a primeira de uma série, ocorreu no auditório do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), na última terça-feira (17).
O objetivo maior foi informar sobre focos de incêndios florestais, suas principais causas e formas corretas de combate, além da ênfase na importância da integração entre as tropas. Houve ainda orientações sobre tipos de incêndios, formas de comunicação entre tropas, emprego eficiente e eficaz das aeronaves nos incêndios florestais, bem como a distância de segurança para garantir que a fumaça gerada não entre na cabine, evitando acidentes e intoxicação. Tudo isso aprimora, ainda mais, o trabalho desenvolvido, quando há necessidade.
Qualificação - Segundo o coronel Armando Gonçalves, diretor do Graesp, a intenção do curso é atualizar e qualificar as forças que atuam no combate a incêndios. “Nós tempo um grupo do Grupamento composto por policias militares, civis e bombeiros. Nesse meio, os bombeiros são mais qualificados, preparados e treinados para o combate de incêndio especificamente. Aproveitando o conhecimento deles, o curso veio para repassar para os tripulantes e pilotos os princípios básicos que, muitas vezes, podem passar despercebidos. Então, é preciso reacender tudo isso, principalmente agora em que estamos em um momento de combate a incêndio na floresta”, ressaltou.
O curso destacou a conexão entre o apoio aéreo e a tropa em solo (brigadistas) para facilitar o reconhecimento do tipo de vegetação, critérios primários de segurança de voo, assim como a importância do uso da ferramenta "bambi bucket", equipamento usado por helicópteros para despejar água nas labaredas, cabendo à tripulação identificar qual o melhor tipo de apoio aéreo a ser realizado para debelar o fogo.
A atividade foi desenvolvida a partir dos constantes focos de incêndios que ocorrem hoje na Amazônia, enfatizando a importância da atuação correta da tripulação que combate aos incêndios florestais. “Às vezes não há uma comunicação entre tripulação aérea e equipe que está em terra, dificultando a atuação de todos e causando uma interferência no meio do combate ao incêndio. Pequenas informações são necessárias diante da crise constante que a Amazônia vive hoje”, destacou Sebastião Souza, subtenente do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e um dos idealizadores da palestra.