Governo avalia com Observatório de Direitos Humanos soluções para o Marajó
Helder Barbalho, Lúcio Vale e demais integrantes do Estado ouviram as demandas apresentadas pelo grupo de estudoO governador Helder Barbalho se reuniu na tarde desta terça-feira (17), no Palácio do Governo, com integrantes do Observatório de Direitos Humanos e Justiça Social do Marajó para discutir a possibilidade de contribuições do Estado para a resolução de demandas observadas na região pelo grupo de estudo. A iniciativa do movimento é da Universidade Federal do Pará (UFPA). Nesta quarta-feira (18), haverá reuniões com gestores do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e Defensoria Pública do Estado para discutir questões prioritárias.
Segundo o bispo emérito do Marajó, Dom José Azcona, que preside o Observatório, o governador demonstrou, acima de tudo, sensibilidade e preocupação em contribuir para a solução das demandas apresentadas. "Ele deu uma abertura grande às questões colocadas, mostrou que entende o movimento no Marajó de maneira integral, sem excluir nem um tipo de atividade que possa contribuir para o desenvolvimento da região", disse o religioso. "Estamos gratos e felizes pela recepção", acrescentou.
Justiça - De acordo com Carlos Maciel, vice-presidente do Observatório, com o Iterpa será tratada a emissão do Cadastro Ambiental Rural (CAR), e com a Defensoria será apresentada uma proposta de planejamento para enviar mais defensores aos 16 municípios do Arquipélago do Marajó, que carecem desse tipo de atendimento.
Nesta quarta (18), ficaram acertadas reuniões com o Iterpa e Defensoria Pública do Estado, para encaminhar soluções"Percebemos que há quem use de maneira não correta o CAR, de modo a pressionar comunidades e produtores a deixarem o local onde moram sob alegação de posse da terra. Isso tem criado tensões em uma área que já tem um histórico relacionado a isso", informou Carlos Maciel.
Em um novo encontro com o governador, que ainda será marcado, haverá os encaminhamentos relacionados aos resultados da reunião de terça-feira.
Participaram também da audiência o professor Edival Campos, da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA, e a jornalista Franssinete Florenzano, representando a Comissão de Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 2).