Novo equipamento vai contribuir com transplante renal pediátrico no Pará
O equipamento que realiza o exame chamado estudo urodinâmico ou avaliação urodinâmico foi entregue, na manhã desta terça (10), para a Santa Casa do Pará e a expectativa é que ele entre em funcionamento ainda este mês. Em princípio, serão atendidos pacientes já acompanhados ambulatorialmente ou internados no hospital. Pela complexidade do procedimento, a previsão é de que sejam realizados de 12 a 15 exames ao mês.
O estudo urodinâmico é um procedimento indicado para avaliar o funcionamento do trato urinário de pessoas com alterações, como bexiga neurogênica (mau funcionamento do órgão, devido a doenças do sistema nervoso central ou nervos periféricos), distúrbios de micção (como perda involuntária, necessidade urgente ou frequente de urinar) ou enurese noturna refratária (crianças que fazem xixi na cama durante o sono). Na Santa Casa, a avaliação será feita em crianças e, futuramente, como exame complementar no pré e pós-operatório para transplante renal e ampliação vesical.
Segundo o médico da Santa Casa, Alfredo Nazir Abud Neto, o equipamento é uma conquista, já que estudo urudinâmico faz parte do preparo para o transplante renal. “Essa bexiga precisa estar em bom funcionamento e só conseguimos fazer essa avaliação com este exame. Com a aquisição do aparelho, temos condições de preparar essas crianças com melhor qualidade, para que esse transplante dure mais anos”, comemora o médico.
O presidente da Santa Casa, Bruno Carmona, afirmou que o equipamento será essencial para que hospital, que já presta assistência a crianças com doenças renais, feche um ciclo de auxílio médico pediátrico. “Esse aparelho vem compor essa avaliação pré e pós-operatório do paciente renal. Antes, as crianças eram tratadas e transplantadas no Ophir Loyola. Mas não as de baixo peso, que são as que vamos começar a tratar aqui. A Santa Casa é referência para a terapia renal substitutiva, composta pela diálise peritoneal, hemodiálise e o último item que será o transplante renal pediátrico”, conclui o gestor.