Sespa apoia Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), vai apoiar a Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS), que será realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir deste mês, em todo o Brasil. O apoio da Sespa foi oficializado nesta segunda-feira (9), durante visita do chefe da Unidade Estadual do IBGE, Rony Hélder Nogueira Cordeiro, ao secretário de Estado de Saúde, Alberto Beltrame.
Também esteve presente na ocasião o gerente de Planejamento e Supervisão do IBGE, Douglas de Oliveira, e o coordenador estadual da PNS, Marco Aurélio Arbage Lobo. A Sespa apoiará o IBGE, principalmente, por meio da divulgação da Pesquisa entre a população, gestores e profissionais de Saúde.
Nesta quarta-feira (11), o IBGE terá espaço para apresentar a pesquisa na Reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que será realizada em Santarém, com a presença de gestores da Sespa e das Secretarias Municipais de Saúde.
Objetivos – Realizada em convênio com o Ministério da Saúde e parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a finalidade da pesquisa é avaliar as condições de saúde da população do Brasil, avaliar o desempenho do Sistema de Saúde, acompanhar e avaliar políticas públicas em andamento e fornecer informações para novas ações públicas que visem a melhorar a saúde da população. A pesquisa se estenderá até fevereiro de 2020 e os primeiros resultados devem ser divulgados em 2021.
Para obter essas informações, serão investigados aspectos como prevalência de doenças crônicas não transmissíveis; quantificação da população com incapacidades físicas, estilo de vida (sedentarismo, tabagismo, dieta, consumo de álcool); e saúde bucal.
A PNS investigará, ainda, se os moradores sofreram algum tipo de violência, se fazem exames preventivos, paternidade e participação masculina no pré-natal, atividade sexual e a percepção da população sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a visita domiciliar, também serão coletados dados antropométricos (peso e altura) de um dos moradores, para detectar a incidência de obesidade e estabelecer as medianas de peso e altura da população.
A pesquisa traz também um módulo sobre Relações e Condições de Trabalho, que segue as recomendações da OIT, com perguntas para detectar condições insalubres no ambiente de trabalho, além de problemas de saúde relacionados.
SUS – Desta vez, o módulo de Atenção Básica à Saúde terá uma série de perguntas sobre a utilização do SUS. As respostas irão compor um indicador que permitirá uma avaliação mais detalhada do atendimento recebido pelos entrevistados.
Segundo Alberto Beltrame, os dados obtidos pelos pesquisadores no Pará sobre o acesso a ações e serviços de saúde, hábitos de vida, condição geral de saúde e outras informações, serão de grande relevância para a Sespa.
“Além de revelar nossa realidade, os dados já tabulados vão nos auxiliar a planejar e executar ações de saúde mais focadas nas reais necessidades da sociedade paraense. Da mesma forma, isso ocorrerá com os dados nacionais”, explicou Beltrame.
Para o coordenador estadual da PNS, Marco Aurélio Lobo, a pesquisa é importante porque é considerada a mais profunda sobre as condições de saúde nos domicílios, e que considera o conceito de saúde defendido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, saúde não é apenas a ausência de doenças, mas um sentimento de bem-estar geral físico e psicológico.
“Teremos, ao final da pesquisa, um leque bastante variado de informações que poderão ser cruzadas. Vamos poder, por exemplo, ver quais tipos de trabalho estão associados a determinados tipos de doença. Como já foi realizada uma pesquisa semelhante em 2013, a deste ano, inclusive, é mais ampla, vamos poder comparar os resultados entre elas e ver até que ponto evoluiu a saúde da população”, analisou.
Marco também destaca que outro ponto importante é como os entrevistados percebem os serviços de saúde, se foram ou não bem atendidos, e também sobre o acesso a medicamentos. “Então, vamos ter informações sobre as condições de saúde da população nesse nível mais amplo propugnado pela OMS quanto às condições de atendimento nos serviços de saúde”, explicou o coordenador da PNS.
Pesquisa – Para a realização da pesquisa, o IBGE conta com o trabalho de 1.200 agentes entrevistadores, que têm a missão de visitar 108,5 mil domicílios em 2.167 municípios em todo o Brasil. No Pará, 80 agentes vão visitar quase cinco mil domicílios em 88 municípios, sendo 1.620 só em Belém.
É importante ressaltar que todas as informações coletadas pela PNS têm sua confidencialidade garantida pela lei do sigilo da informação estatística (Lei nº5534/1968) e só podem ser utilizadas para fins estatísticos.
Serviço: Os agentes de pesquisa do IBGE estão identificados com crachá e usam equipamento eletrônico de coleta de dados (computador de mão). Os moradores podem confirmar a identidade do entrevistador por ligação telefônica gratuita para 0800-721-8181.