Encontro celebra a Semana Mundial de Amamentação no Pará
Foi lançada nesta sexta-feira (04), no auditório da Fundação Hemopa, em Belém, a 26ª Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), que traz o tema “Juntos apoiando a amamentação para o bem comum”. O evento marcou o início de uma programação que inclui, até o dia 12 deste mês, ações na Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, e mamaços coletivos que acontecerão na capital e em municípios como Ananindeua, Castanhal, Parauapebas e Altamira. O objetivo comum dos articuladores é ressaltar a importância da amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida da criança.
Organizada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a solenidade desta sexta-feira foi aberta pela médica e coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, que discorreu sobre indicadores e desafios da amamentação no Estado. Na sequência, outros profissionais experientes no assunto abordaram, entre outros temas, o perfil do aleitamento em Belém, as experiências bem sucedidas na Santa Casa associadas ao banco de leite humano e os trabalhos feitos por grupos religiosos engajados nessa política. Ainda na ocasião, a Unidade de Saúde da Família de Outeiro, vinculada à Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), foi certificada como “Unidade Amiga da Amamentação”.
No Pará, a SMAM é resultado de uma articulação entre órgãos públicos e entidades de promoção à saúde feminina com o objetivo de conscientizar o público sobre os benefícios clássicos da amamentação, incluindo o principal, que é o combate à mortalidade infantil.
Segundo Ana Cristina Guzzo, o leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê. Nele, estão contidos todos os nutrientes necessários para o correto desenvolvimento da criança, diminuindo a ocorrência de diarreias e infecções, principais causas de morte de recém-nascidos, ao mesmo tempo em que traz inúmeros benefícios à saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de útero. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é que os bebês recebam exclusivamente o leite da mãe durante os primeiros seis meses de vida.
Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de cinco anos em todo o mundo por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária.
Entretanto, segundo o mais recente levantamento do governo federal, feito em 2009, a média de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de apenas 54 dias — ou seja, menos de dois meses. Entre os principais motivos para isso estão a dificuldade de conciliar a dedicação ao filho e as demandas profissionais. Conforme dados da OMS, apenas 38% das crianças são amamentadas exclusivamente até os seis meses de vida. A meta da Semana Mundial do Aleitamento Materno é fazer com que 50% dos lactentes sejam amamentados até 2025.
Sob um olhar mais regionalizado, a campanha visa incentivar as mães a iniciar e manter a amamentação, bem como conscientizá-las sobre a importância dos Grupos de Mães (ou do Aconselhamento em Amamentação) e a participação mais efetiva da comunidade junto às Unidades Básicas de Saúde.
A programação completa dos mamaços que acontecerão em cinco municípios paraenses, bem como as ações que já estão sendo feitas na Santa Casa, em Belém, pode ser conferida no link: https://pt.scribd.com/document/355267582/SMAM-Programacao-Geral
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail (dagp_crianca@yahoo.com.br) ou pelos telefones (91) 3223-8170 e (91) 3244-9709.