Santana do Araguaia recebe reunião técnica da Ferrovia Paraense
Depois de passar São Paulo (SP) e Brasília (DF), a equipe da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) prossegue com a etapa de reuniões técnicas e audiências públicas para aprimorar as minutas dos editais da licitação pública para a concessão da Ferrovia Paraense, que interligará o Estado de Norte a Sul em 1.312 quilômetros de extensão.
O titular da Sedeme, Adnan Demachki, apresentou o projeto em Santana do Araguaia nessa terça-feira (15), em reunião técnica que contou com a presença do vice-governador Zequinha Marinho; do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz; do deputado estadual Gesmar Costa; dos prefeitos Zé do Quinca (Santana do Araguaia), José Faria Mussum (Santa Maria das Barreiras); além de políticos, lideranças locais e representantes do setor produtivo, que participaram efetivamente do debate na reunião.
A fase atual do projeto da Ferrovia Paraense prevê oito sessões, entre reuniões técnicas e audiências públicas (três delas já realizadas), para a coleta de subsídios que vão modelar o edital de licitação para a concessão da construção, operação e manutenção do empreendimento, conforme prevê a Lei Federal nº 8.666/93. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental foi aprovado no dia 7 de julho.
Adnan Demachki destacou o reconhecimento da Ferrovia Paraense como um projeto imprescindível para o país. “A Ferrovia Norte-Sul termina em Açailândia (MA), onde não há porto. Conseguimos junto ao governo federal que as duas ferrovias se conectem, permitindo que a linha chegue até o porto de Barcarena, geograficamente um dos mais próximos da China, Europa e Estados Unidos, que são os principais mercados exportadores do Brasil”, explicou o secretário.
Para Zequinha Marinho, "Esse é momento dos políticos, das lideranças populares e do setor produtivo dos municípios se unirem para criar um ambiente de desenvolvimento. A ferrovia trará um clima favorável para o desenvolvimento da região e do estado", afirmou o vice-governador.
Na primeira reunião técnica, em São Paulo, Demachki anunciou que as mineradoras Vale e Norsk Hydro já se comprometeram em transportar parte de sua produção pela ferrovia paraense. O termo de compromisso de carga a ser assinado pelas empresas representa até 15% da capacidade de escoamento da futura estrada de ferro, que será de 170 milhões de toneladas/ano de commodities (minérios e grãos). "Além da Vale e da Hydro, outros grandes embarcadores já demonstraram interesse no projeto, um sinal claro de que o mercado vê o empreendimento como viável”, salientou o secretário.
Na ocasião também foram apresentadas as empresas que já assinaram termo de compromisso para o transporte de cargas usando a ferrovia, como a Mineração Irajá, a Alloys/PA e a Araguaia Níquel. “Não existe ferrovia sem carga contratada e é com satisfação que anunciamos que a Ferrovia Paraense já tem compromissos de cargas necessários para viabilizar o primeiro trecho, observou Demachki.