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HRPM reestrutura fluxo de cirurgias e atende mais rápido a população

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/05/2019 10h54

Para dar maior vazão e reduzir significativamente o tempo de espera para realização de cirurgias eletivas, ortopédicas e cirurgia geral, a gestão do Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves, iniciou em janeiro deste ano, um intenso trabalho de reestruturação do fluxograma de atendimento de pacientes que culminou, no primeiro trimestre de 2019, com realização de um total de 409 cirurgias do tipo eletiva, que significou a redução do tempo de espera de 70 dias para 15 dias, para cirurgias em ortopedia e, de 90 dias para 30 dias, para cirurgia geral, que tinha a maior demanda reprimida, associada a maior segurança no procedimento.

O jovem Ailton Pinheiro Dias, de 21 anos, morador de Melgaço (1h de viagem de lancha até Breves), fez uma pulsão de tumor superficial há 15 dias, ele trabalha com agricultura no interior do município e o incomodo lhe trouxe muitos transtornos “era muito ruim pra trabalhar, doia muito e o pior era que as pessoas caçoavam de mim, pois meu dedo ficava muito inchado” disse o jovem que ainda completou “não tenho do que reclamar agora, agradeço a atenção de todos, fiz a cirurgia e já me sinto bem melhor, hoje é o retorno só pra verificar como está. É muito bom ter todo esse atendimento mesmo depois de já ter feito a cirurgia”, disse.

Segundo a diretora técnica do Hospital, a médica Cristina Braga Palheta, as cirurgias eletivas não precisam ser realizadas em caráter de urgência. Seu Jurandir da Silva Cruz foi uma das pessoas beneficiadas com a reestruturação do fluxo das cirurgias eletivas do HRPM. “Eu trabalho com roça, antes da cirurgia, não conseguia nem levantar porque meu pé doia demais, isso atrapalhou muito na minha renda. Fiz a cirurgia, foi bem rápido, pensei que ia demorar, mas graças a Deus agora tô retornando pra consulta e tô muito feliz, ansioso pra voltar ao trabalho”, disse o morador de Breves de 54 anos, que sofreu um acidente em março, quando passou pelo processo cirúrgico e, retornou depois de um mês, da cirurgia de fratura de tornozelo.

As cirurgias eletivas, como as citadas em exemplo, podem ser agendadas, graças à revisão de gestão na assistência do hospital, especialmente, nas especialidades em traumatologia/ortopedia e cirurgia geral. Os números são crescentes: em janeiro foram 100, em fevereiro, 140 e 160 em março, quando passou a ser efetivado em 100% o fluxograma de cirurgias eletivas no HRPM.

De acordo com a diretora executiva do regional do Marajó, Rejane Xavier, foi um trabalho de três meses que ganhou força em março “com realização de cirurgia eletivas, inclusive nos finais de semana, o que não é de praxe. Foi um movimento forte para dar a efetiva resolutividade no atendimento, especialmente, em ortopedia”.

A médica Cristina Braga Palheta, explica que dentro da reestruturação efetivada, algumas ações já existentes foram ratificadas, como por exemplo, a confirmação da presença do usuário na antevéspera da cirurgia eletiva, por telefone, como estratégia para reduzir as ausências.

“Outras estratégicas foram criadas, entre elas, a implantação de um fluxograma e instrução de trabalho, construídos com todos os profissionais envolvidos na operação, envolvendo as equipes multiprofissionais, médicas e administrativas para a efetiva implementação com nosso usuário, sempre no centro dessa reestruturação”, explicou a médica.

O cirurgião, André Ramos Noronha, complementou as informações ao citar a criação do Ambulatório de Anestesia para a realizacão de consultas, antes do agendamento da data da cirurgia, gerando mais segurança na execução dos procedimentos  cirúrgicos e, assim, diminuindo o cancelamento das cirurgias.

“Implantamos e estamos em fase de execução do protocolo da " Cirurgia Segura", do Ministério da Saúde, que reduz os riscos de intercorrências evitáveis, durante a realização das cirurgias” destacou, apontando outras importantes ações em benefício dos usuários, como o “Aviso Cirúrgico” que informa aos setores competentes do hospital sobre a realização e o tipo de procedimento que será efetivado, apontando o  paciente e quais materiais específicos serão necessários para a execução daquele procedimento. “Isso evita a suspensão de muitas cirurgias”, afirmou o médico.

Todas essas mudanças, no processo de cirurgia eletiva, geram impactos positivos e aumentam o número de cirurgias realizadas com sucesso, aliadas a um fator essencial: a segurança.

Cristina Braga Palheta acrescenta ainda que a estratégia de trabalho da equipe do HRPM contou ainda com a adequação da agenda que conseguiu reduzir o tempo de espera para realização de cirúrgica ortopédica. Já os pacientes para cirurgia geral estão com espera de 30 dias por conta de uma demanda bem maior. “Antes o tempo médio era de até 90 dias. O HRPM se aprimorou na parte de cirurgia geral para seguir um fluxo único e implantou a gestão da cirurgia eletiva para ortopedia que não existia”, observou a diretora Técnica.

Das cirurgias eletivas realizadas, dentro da especialidade de cirurgia geral, os procedimentos mais comuns são as herniorrafias (para a cura da hérnia, que consiste na recolocação do conteúdo do saco herniário no seu lugar normal), cirurgias de extirpação de lesões a colecistectomia (retirada cirúrgica da vesícula biliar). Na Ortopedia, o procedimento vai desde uma retirada de material de síntese até enxerto ósseo.

Acesso aos procedimentos – A realização das cirurgias gerais são marcadas de acordo com a gravidade, urgência e propósito. As cirurgias podem ser classificadas como procedimentos de emergência, urgência ou eletivas. Nesse último caso, elas possuem diagnóstico estabelecido e com possibilidade de agendamento prévio, que envolve trabalho administrativo e assistencial, além de interferir no planejamento das equipes e no fluxo das unidades de apoio.

Volume de atendimentos - Nos primeiros 100 dias deste ano, a equipe do HRPM efetivou mais de 92 mil atendimentos mais relevantes, que representa um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, que ainda é celebrado por mais de 98% do índice de satisfação do usuário.

Dos atendimentos realizados, foram 5.295 consultas ambulatoriais, 1.001 de urgência e emergência, 827 internações, 817 saídos, 49.719 exames gerais, 504 transfusões, 26.985 sessões de fisioterapia, 1.944 atendimentos do Serviço Social,  815 em Psicologia, 3.338 em Fonoaudiologia, 105 partos e 753 cirurgias, que impactaram positivamente nos indicadores que demonstram a importância do HRPM para uma assistência cada vez mais efetiva e segura no sudoeste do Marajó.

Gestão - O HRPM é referência na assistência de média e alta complexidade para uma população estimada em mais de 300 mil habitantes vinculados ao 8º  Centro Regional de Saúde (8º CRS), composto por Bagre, Curralinho, Anajás, Portel, Melgaço, Gurupá, além de Breves.

O Hospital Regional Público do Marajó (HRPM) é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Serviço - O HRPM dispõe de atendimento ambulatorial de segunda a sexta-feira, de 7h às 18 horas. O hospital está localizado na Av. Rio Branco, 1.266, Centro. Mais informações: (91) 3783-2140/ 3783-2127.