Adepará discute combate de praga com Ministério da Agricultura
As ações de combate à mosca da carambola são tema de uma reunião marcada para as 9h desta terça-feira (26), entre representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Lucivaldo Lima. O encontro será na própria sede do órgão e vai tratar sobre medidas para erradicar a praga exótica, a fim de manter a qualidade da fruticultura de exportação, responsável hoje por manter o Pará entre os 11 maiores produtores do país.
Segundo Lima, a fiscalização, que busca identificar a presença da mosca, foi retomada em pelo menos 180 pontos específicos, e com reforço de policiamento. “Nossos fiscais tinham dificuldade de parar um caminhão durante a noite, mas esse suporte já está garantido”, confirmou. Além da verificação nas estradas, portos e embarcações também são alvos. O objetivo é evitar o transporte de frutas que possam conter a larva do inseto para regiões livres do vetor. A campanha educativa já começou e deve ser intensificada durante o feriado de Carnaval. O prazo final para cumprir as condicionantes do Mapa é até o dia 31 de março.
A presença da praga, que chegou ao Pará por conta do trânsito de pessoas entre os municípios de Laranjal do Jari (AP) e o distrito de Monte Dourado (PA), já foi constatada em outras três cidades paraenses: Melgaço, Breves e Almeirim. Além da parceria com o Mapa, a Adepará trabalha, para traçar estratégias de combate também com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e produtores rurais, além do próprio Governo do Amapá.
“Temos um fluxo migratório muito grande entre Pará, Amapá, Marajó e, tradicionalmente, as pessoas carregam frutas, seja como presente ou para a própria alimentação. O problema é que essa fruta que está dentro da sacola pode ter larva da mosca. O que nós precisamos também é de um nível de consciência dessas pessoas para que evitem esse costume, sob pena de a nossa economia ser fortemente prejudicada”, alerta o diretor-geral da Agência.