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PISTA CIDADÃ

Dia da Visibilidade Trans é lembrado no Pará com ações de cidadania

Por Redação - Agência PA (SECOM)
30/01/2019 09h23

Na terça-feira (29), é  lembrado o Dia da Visibilidade Trans, por isso, em Belém, serviços foram ofertados gratuitamente ao público que compareceu na Boate Malícia, no período da noite, por meio da 5ª edição do projeto "Pista Cidadã". O evento teve a finalidade de fazer com que serviços como saúde e ações de segurança, por exemplo, como a emissão de RG e Registro de Identidade Social (RIS) chegassem até o público trans, e principalmente em um horário flexível para que a demanda pudesse ser atendida.

“Os serviços são essenciais e o diferencial maior é o horário, porque os atendimentos que estão sendo feitos aqui são oferecidos também em secretarias ou órgãos públicos durante o dia. Mas, para quem trabalha a noite é algo complicado. A ação é um momento super importante para que possamos exercer a cidadania, no caso de hoje, as meninas profissionais do sexo que trabalham no centro de Belém, permitiu que elas pudessem estar aqui. Então, trazer esse serviço é entregar cidadania à todas elas”, afirmou Isabella Santorinne, coordenadora paraense das pessoas Trans.

Entre os serviços estavam orientação jurídica, encaminhamento para emissão de RG, carteira de Registro de Identidade Social (RIS), distribuição de preservativos e atendimento psicossocial, além de testes rápidos de HIV e adesão ao método de prevenção a infecção do vírus HIV, profilaxia pré-exposição (Prerpi).

Após o início do evento, representantes das instituições envolvidas foram até aos principais pontos de prostituição. Como em uma caravana, as abordagens foram feitas em locais estratégicos, com a finalidade de estar inserindo o processo de cidadania nos espaços de frequência de travestis e transexuais, consideradas profissionais do sexo.

O projeto Pista Cidadã visa ainda promover a cultura de paz, combatendo todo o tipo de violência e de criminalidade, como explica a coordenadora do Comitê Gestor Estadual de Combate a Homofobia, delegada Silvia Rêgo.

“O projeto é desenvolvido de forma integrada e um momento de cidadania. A participação dos órgãos da segurança, como as Polícias Militar e Civil, é importante para que haja a aproximação, o diálogo, além de fomentar a utilização do Disque Denúncia 181, pois este é um público que está nas ruas, que observa muitas coisas, mas ainda tem muito receio. É preciso ressaltar ainda que só se combate a violência com parceria e com informação”, destacou.

Participaram da 5ª edição da Pista Cidadã representantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), Comitê Gestor Estadual de Combate a Homofobia,Ministério Público, Comitê Gestor Estadual de Combate a Homofobia, Sociedade Civil, Comissão de Diversidade Sexual e População LGBTI da OAB-PA, entre outros.

Registros - A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informa que foi registrado no ano 2017, 50 delitos tendo como vítimas homossexuais e integrantes de grupos LGBT. No ano passado, o número de ocorrências foi 43 e no período de 1 a 20 de janeiro uma ocorrência. Entre os maiores registros estão injúria (28 em 2017 e 14 no ano passado), homicídios (9 em 2017 e 8 em 2018) e lesão corporal (3 em 2017 e 7 em 2018). Não houve identificação na base do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) informações específicas sobre crimes cometidos contra transexuais.