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Regularização ambiental possibilita crédito para agricultores de Bragança

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/01/2019 15h37

A partir desta sexta-feira (25), treze agricultores de Brangança, na Zona do Salgado, poderão obter crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em atividades como fruticultura, horticultura, turismo rural e piscicultura. Isso só é possível agora porque cada um deles recebeu, na última quarta-feira, o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O documento, uma espécie de CPF da propriedade rural, foi elaborado e emitido pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), por meio de convênio com o Programa Municípios Verdes (PMV). O primeiro lote emitido pela Emater este ano no município totaliza 25 beneficiados: os outros 11, já prontos, serão entregues nos últimos dias de janeiro e e ao longo de fevereiro.

Atualmente, o CAR é obrigatório para o acesso a quaisquer políticas públicas do setor agrícola e fundiário. Os projetos de crédito, também elaborados pela Emater sob a linha Mais Alimentos do Pronaf, tramitarão no Banco da Amazônia, com propostas que variam de R$ 50 mil a R$ 70 mil para fruticultura, mandiocultura e pecuária de corte; e de R$ 3 mil a R$ 7 mil para horticultura.

Beneficiados - As famílias são de comunidades diversas: Abacateiro II, Engenho, Do Jararaca, Do Soares, Genipabu-Açu e Treme. As principais atividades são fruticultura (banana, cupuaçu, melancia); mandiocultura, com agroindústria familiar para a produção de farinha; horticultura agroecológica (coentro, cheiro-verde, jambu, entre outros), com uso mínimo de defensivos químicos; extrativismo de açaí manejado; criação de pequenos animais (porcos e frangos); e cultivo de tambaqui em tanque-escavado, em sistema semiextensivo.

Um dos agricultores contemplados trabalha com turismo rural. Nadson Luiz de Barros, da Comunidade Abacateiro II, é proprietário do Sítio Emanuel, um balneário que oferece serviços de hotelaria imersiva e espaço para eventos, na própria casa da família. A alimentação também toda baseada no que é produzido na propriedade, como maracujá e jambu.

De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Bragança, o engenheiro agrônomo Francisco Queiroga, o trabalho em equipe da Emater alcança resultados positivos graças aos profissionais multidisciplinares e atendimento qualificado. “O estímulo é de diversificação das atividades, no sentido de promoção de trabalho, renda e segurança alimentar, porém também não perdemos de vista a exploração racional dos recursos naturais, a valorização das tradições e a força das organizações sociais”, disse.