Hospital Materno-infantil de Capanema funcionará nos moldes da Santa Casa
As gestantes - e seus bebês – que vivem na região do Caeté, nordeste do Pará, terão atendimento diferenciado a partir de 2018. Com obras em ritmo acelerado, o Hospital Materno-infantil de Capanema, que está em construção, terá capacidade para assistir 500 grávidas ao mês com serviços que vão desde a atenção básica a casos de alta complexidade, oferecendo serviços semelhantes aos da Santa Casa de Misericórdia do Pará, referência no atendimento a mulheres grávidas e parturientes.
Totalmente financiado com recursos do tesouro estadual, por meio de operação de crédito junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o projeto tem custo de R$ 37 milhões, sendo R$ 25 milhões para as obras físicas e outros R$ 12 milhões para aquisição de equipamentos, que vão garantir o melhor atendimento às mulheres da região.
Ao todo, o Hospital terá 60 leitos, sendo 10 de UTI adulto e outros 10 para UTI neonatal. “Vamos oferecer todas as especialidades e sub-especialidades voltadas para a saúde das mulheres e das crianças, um conjunto completo de diagnóstico avançado para o atendimento das mães e seus bebês, ou seja, uma porta de entrada para assegurar esse tipo de atendimento, tornando-se um grande suporte dentro da rede de saúde do Estado, desconcentrando o serviço que até então somente a Santa Casa, em Belém, oferecia”, explica Vitor Mateus, secretário de Saúde do Pará.
Outros avanços também proporcionarão um atendimento ainda mais específico, como a Rede Cegonha, programa que assegura às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério e, às crianças, o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudável. “Teremos ainda cinco salas PPP’s (pré-parto, parto e pós-parto) ambiente semelhante ao quarto de internação, mas com elementos que possibilitam que o parto seja realizado neste mesmo local, incluindo a existência de banheiras para o parto humanizado, além do banco de leite materno”, detalhou o titular da Sespa.
Cronograma – Cento e vinte homens trabalham de segunda a sábado, das 7h às 12h e das 13h às 17h, para entregar a estrutura física do novo hospital até julho de 2018. As obras já passaram pelas etapas de fundação e estrutura, e na próxima semana iniciam as vedações e revestimento de paredes e pisos. Ao todo, a área onde funcionará o hospital tem 5.451m², sendo 4.142m² de área construída, com 31 leitos de internação, 20 leitos de UTI, quatro consultórios, três salas de centro cirúrgico, agência transfusional, laboratório e banco de leite, entre outros serviços, para atender não apenas a população de Capanema, mais de outros 17 municípios próximos.
A população aprova o projeto e tem acompanhado o andamento das obras do Hospital Materno-infantil. “Muita gente daqui acaba tendo que se deslocar para Belém pela falta de um hospital que tenha estrutura para atender os casos mais sérios. Muitas dessas pessoas não têm dinheiro para bancar os custos de locomoção, mas, agora, com esse hospital tenho certeza que tudo vai melhorar, principalmente para as mulheres de Capanema”, comentou Mônica Valéria, de 38 anos, que há 13 mora no município.
Obras em andamento - O Governo do Pará vem executando outras obras na área da saúde, uma das prioridades da gestão atual, que canalizou recursos do tesouro estadual e de operações de crédito para garantir a construção ou ampliação de centros hospitalares. Entre elas estão as do Hospital Regional de Itaituba, que terá 180 leitos; do Abelardo Santos, em Icoaraci, com 269 leitos; do Hospital Regional de Castanhal, com suporte avançado em várias especialidades, inclusive oncológica, e o de Capanema.
Além desses, estão sendo construídos outros que funcionarão como hospitais de retaguarda, na assistência à população dos municípios de Mojuí dos Campos, Novo Progresso, Castelo dos Sonhos (distrito de Altamira), Ipixuna do Pará, Garrafão do Norte, Abaetetuba, Barcarena, Concórdia do Pará e São Caetano de Odivelas. Reforçam esse frente de trabalhos as obras de ampliação do Hospital Regional de Marabá. “Somando todos esses empreendimentos, temos 18 unidades que estão sendo ampliadas ou construídas para dar suporte à rede de saúde do Estado”, finaliza Vitor Mateus, da Sespa.