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Classe hospitalar do Ophir Loyola participa da II Mostra Científico-Cultural

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/06/2015 16h57

Alunos da Classe Hospitalar Prosseguir e do Núcleo de Acolhimento ao Enfermo Egresso do Hospital Ophir Loyola participaram nesta quinta-feira (25) da II Mostra Científico-Cultural. A programação Belém: 400 anos de Cultura e Saberes” reuniu estudantes do ensino fundamental e médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), em tratamento clínico e cirúrgico oncológico, no Teatro Estação Gasômetro.

A mostra faz parte da dinâmica escolar dos pacientes, envolvendo os aspectos culturais, sociais e cognitivos e favorecendo o processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma exposição das atividades pedagógicas do primeiro semestre e da quadra junina. “É um trabalho resultante de pesquisas sobre elementos culturais, oficinas de artesanato, pintura e estudos das expressões linguísticas, supervisionados pelos professores”, disse o professor Tarcísio Cardoso, da Classe Prosseguir.

Filmes sobre o folclore amazônico, levantamento bibliográfico da música e poesia belenense, pesquisas sobre danças e comidas típicas, desfiles das misses caipiras, recriação de brinquedos de miriti e brincadeiras infantis como roque-roque e fura-fura, entre outros, proporcionaram uma mistura de lazer com aprendizagem, despertando o interesse dos alunos. Para Tarcísio Cardoso, a principal finalidade da mostra é “fazer a relação do conhecimento adquirido em sala de aula com a realidade vivenciada pelos estudantes”.

Um deles é João Vinícius, 12 anos, do município de Novo Progresso, que sentiu interesse em conhecer mais sobre cultura popular. “Gostei muito do trabalho. Eu realmente não conhecia a literatura de cordel, assim como muitas pessoas não atentam para elementos que identificam tradições regionais importantes para o folclore brasileiro”, afirmou.

Cleide Lousada, 31, faz questão da participação dos filhos Jerllyson de Paula, 10, e Eduarda Vitória, 9 anos, em todas as atividades escolares. “A rotina de tratamento acaba afastando as crianças da escola comum, então a classe hospitalar é uma maneira delas perceberem que a vida continua”, afirmou. Pacientes adultos do Núcleo de Acolhimento ao Enfermo Egresso (Naee), casa de apoio mantida pelo Ophir Loyola para usuários do interior do Estado, também participaram da mostra com  estande “Conhecimento popular e ervas do Pará”.

O professor Roberto França explica que as pessoas fazem o tratamento médico, mas também usam os recursos da floresta. “Foi realmente algo prazeroso para os pacientes do Naee. Compraram ervas para banho de cheiro, óleos de andiroba e copaíba no Ver-o-Peso. Assim estudaram a temática através das aulas de arte, língua portuguesa e colheram relatos sobre a utilização, propriedades medicinais e benefícios de cada um dos produtos”.

A aluna da Escola Estadual Vilhena Alves, Jennyfer Borges, 15 anos, prestigiou a programação. “Eu não sabia que crianças estudavam em hospitais, achei muito interessante o trabalho deles e a forma que reuniram diferentes formas de cultura, abordaram até mesmo o Arraial da Pavulagem, coisas que são bem nossas”, disse.