Pacto pela Produção e Emprego promove encontro entre governo e trabalhadores
Como parte das medidas do Pacto pela Produção e Emprego no Pará, representantes do governo do Estado e das centrais sindicais reuniram-se nesta quarta-feira (26), no auditório da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), para definir ações na área de qualificação profissional para os empregados que atuam nas áreas mais afetadas pela redução dos postos de trabalho.
Os representantes sindicais conheceram os números da empregabilidade, os setores mais atingidos pela crise econômica nacional e os postos de trabalho que contam com grande número de vagas, com o objetivo de levar as atividades de qualificação profissional para todo o Estado, respeitando as demandas regionais e municipais.
O titular da Seaster, Heitor Pinheiro, destacou que, como parte das ações emergenciais do Pacto pela Produção e Emprego no Pará, a qualificação profissional para os setores mais vulneráveis de desemprego deve atender cerca de 6,5 mil profissionais com as oficinas que começam até o fim do mês de setembro.
“Para que não seja um olhar apenas do governo do Estado, houve uma conversa com as centrais sindicais e os empresários para que a demanda de qualificação possa atender o mais próximo do que seria a realidade atual. Vamos centrar as forças nos setores de serviço, construção civil e comércio, mas isso vai variar de acordo com cada município e índice de emprego. A ideia básica é chegarmos ao mais próximo do quantitativo de empregados a serem qualificados, quais setores econômicos e onde vão acontecer as ações de capacitação”, disse Heitor Pinheiro.
União – O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Roberto Sena, disse que o programa de qualificação profissional busca zerar o déficit de emprego no Estado, garantindo a participação de todos na discussão e melhorando a empregabilidade. “Na verdade isso é uma sequencia do pacote anunciado. À medida que o tempo foi passando, o desemprego foi aumentando. Com o pacto, uma das saídas é a qualificação profissional, porque a dificuldade de emprego está grande no Brasil. Temos um déficit de emprego na casa de oito a dez mil postos de trabalho nos sete primeiros meses do ano”, explicou.
Para Benedito Oliveira, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a alternativa é fazer parceria com todas as esferas de governo para aumentar a oferta de trabalho, focando nos grandes projetos instalados no Pará. “Esse encontro atende a uma reivindicação das centrais sindicais que pediam o envolvimento do Estado na qualificação profissional. Estamos conseguindo tratar isso com o governo e fazer esse intercâmbio entre o trabalhador e o empresário para os grandes projetos do Estado. A gente precisa ter um foco da qualificação profissional para ter o emprego certo e tranquilidade necessária”, afirma.
O Governo do Pará anunciou na terça-feira (25) um conjunto de medidas para estimular a produção, melhorar a competitividade e gerar empregos. O Pacto pela Produção e Emprego vai criar novas oportunidades de trabalho. São mais de 30 medidas para estimular o setor produtivo, desonerar atividades econômicas, simplificar licenciamentos, qualificar profissionais e estimular o turismo, entre outras ações. Para racionalizar os gastos públicos, decreto criará o Sistema Integrado de Governança do Estado do Pará, que prevê medidas administrativas para reduzir despesas e maximizar recursos.