Projeto 'Regaste do Ser' promove atividades de socioterapia em Atenção à Saúde Mental
A necessidade de realizar atividades com o pressuposto da socioterapia, como técnica terapêutica para diminuir o isolamento social e melhorar a autoestima dos pacientes foi identificada pelos participantes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Mental, da Universidade do estado do Pará (Uepa), em um dos espaços de prática a Fundação Pública Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, por meio da observação direta.
Por essa razão o projeto Resgate do Ser, implementado pelo Grupo de Pesquisa Saúde Mental Contemporânea e suas Implicações na Saúde Pública, busca proporcionar bem-estar físico e mental através de vivências interpessoais em pontos turísticos de Belém do Pará, a fim de resgatar aprendizados salutares de vida em sociedade. A ideia é favorecer a melhoria na interação social, contribuindo para adequada modulação da autoestima e a autoimagem prejudicada pela exclusão e estigmatização vivenciado durante o processo de internação.
Nesta sexta-feira, 28, o grupo vai reunir 15 pacientes internados na Clínica e 20 residentes de saúde mental, em uma programação de atividades terapêuticas no espaço Paraíso da Família, um Igarapé de águas termais e naturais, localizado na R. Olho d'Água - Maguari, Ananindeua - PA, CEP: 67145-260, no horário das 07h às 17h.
De acordo com o professor Mário Antônio Moraes Vieira, líder do Grupo de Pesquisa Saúde Mental Contemporânea e suas Implicações na Saúde Pública, além de reforçar a noção de realidade externa, essas atividades, que proporcionam a interação social, estimulam a relação interpessoal e, assim, ajudam a diminuir a exclusão e estigmatização, vivenciadas pelas pessoas diagnosticadas com algum tipo de transtorno mental.
Com base em autores estudados no Programa de Residência, o grupo aprende que a influência desse tipo de tratamento na evolução do paciente em sofrimento psíquico, exige do profissional especialista em saúde mental, estratégias, percepções e atenção em um todo. Assim, os residentes devem ser preparados para lidar com essas atividades de caráter humanizado e ficam satisfeitos pelo reconhecimento dos pacientes, ao constatarem que as ações desenvolvidas no programa trazem benefícios, através da assistência qualificada, evidenciada pelo retorno e assiduidade no serviço e pela participação constante nas atividades propostas pelos profissionais.