Na COP 30, governador do Pará apresenta Parque de Bioeconomia ao governador da Califórnia
O governador do Pará, Helder Barbalho, apresenta nesta terça-feira (11), em Belém, o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia ao governador da Califórnia, Gavin Newsom. A visita integra a programação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) e reforça a aproximação estratégica entre o ecossistema de inovação do chamado Vale Bioamazônico e o polo tecnológico do Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Recém entregue pelo Governo do Pará, o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia compõe o chamado Vale Bioamazônico, lançado oficialmente por Helder Barbalho nesta segunda-feira (10). O equipamento é considerado o mais diversificado complexo de desenvolvimento tecnológico em modelo de produção florestal do mundo. A estrutura, instalada na capital paraense, consolida o estado como referência global em desenvolvimento sustentável e como epicentro da bioeconomia no Brasil e no cenário internacional.
A Califórnia abriga o Vale do Silício, um dos principais polos de tecnologia e inovação do planeta. A visita de Gavin Newsom a Belém tem como objetivo conhecer de perto a experiência e as oportunidades do Vale Bioamazônico, conceito que posiciona o Pará como vitrine de novos negócios de base florestal, atração de investimentos verdes e geração de emprego e renda a partir da sociobioeconomia e da inovação em produtos derivados da floresta amazônica.
Instalado nos Armazéns 5 e 6 do antigo porto de Belém, no Complexo Porto Futuro, às margens da Baía do Guajará, o Parque de Bioeconomoa e Inovação da Amazônia ocupa uma área de 6 mil metros quadrados. O espaço integra ciência, tecnologia, empreendedorismo e saberes tradicionais, com foco em transformar a biodiversidade amazônica em alimentos, cosméticos, químicos finos e outras soluções de alto valor agregado. O modelo conecta comunidades tradicionais, startups, pesquisadores, investidores e grandes empresas, em uma rede de inovação sustentável.
O Armazém 5 abriga o Centro de Negócios, composto pelo Centro de Sociobioeconomia e o Centro de Gastronomia Social. O ambiente reúne coworkings, incubadoras, aceleradoras, salas de reunião, fundos de investimento, showroom de inovação, lounge para eventos e o Balcão Único, que facilita o acesso de empreendedores a tecnologias, assistência técnica e instrumentos de fomento. No mesmo espaço funcionam o Laboratório Vivo, voltado à cocriação entre comunidades, startups e pesquisadores, e a Escola de Saberes da Floresta, dedicada à valorização de conhecimentos tradicionais e à formação em manejo sustentável.
No Armazém 6 está instalado o Laboratório Fábrica, que integra o Centro de Inovação. Trata-se de uma planta piloto equipada para pesquisa, desenvolvimento e produção experimental de novos produtos da bioeconomia amazônica, a partir de insumos florestais. O espaço também abriga a gestão de pesquisa e desenvolvimento, responsável por articular uma rede de laboratórios parceiros, e um showroom voltado à apresentação de tecnologias verdes e protótipos para investidores e compradores nacionais e internacionais.
O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia é um projeto estruturante do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará e já nasce como o maior polo do segmento na América Latina. O investimento total é de R$ 300 milhões, resultado de parceria entre o Governo do Pará e a empresa Vale, no âmbito do Programa Estrutura Pará, além de patrocínios da Natura e do Fundo Vale.
A estratégia do estado é consolidar um ambiente permanente de cooperação entre poder público, iniciativa privada, academia, comunidades tradicionais e organismos internacionais, ampliando o número de negócios de bioeconomia e fortalecendo uma economia de floresta viva, que gera desenvolvimento, inovação e sustentabilidade para toda a Amazônia.
Porta-voz: Helder Barbalho, governador do Pará.