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Guindaste vai garantir suporte à passarela da BR-316 para evitar interdição

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/12/2017 00h00

Um guindaste com capacidade para sustentar até 100 toneladas foi instalado na madrugada desta terça-feira (19) sob a passarela localizada no quilômetro 3 da BR-316, que recebeu a indicação de interdição pela Defesa Civil no último dia 15.

O prazo imposto à Secretaria de Estado de Transportes (Setran) para interditar o equipamento terminou na noite de ontem e a decisão inicial dos técnicos do órgão foi de instalar semáforos e sinalizar a área com faixa de pedestres para permitir a transposição em nível. Mas não houve tempo hábil para isso.

“Partimos para outra estratégia que garantisse a estabilidade da estrutura com a utilização de um guindaste de 100 toneladas, que vai segurar a estrutura para que possamos construir uma passarela nova, em um prazo de até 60 dias”, explicou o titular da Setran, Kleber Menezes, que estará à frente da operação. A decisão foi endossada por técnicos da Defesa Civil. “Dessa forma, evitamos a interdição da passarela”, argumentou.

De acordo com o secretário, que é engenheiro mecânico e responsável pela estratégia adotada nesta ação, o guindaste possui a mesma função de um pilar de sustentação. “Optamos por não colocar um pilar para evitar que uma faixa da BR-316 fosse interditada, causando transtornos no trânsito. Preferimos apoiar por cima, com o auxílio do guindaste, que possui quatro cintas de aço, com capacidade para suportar uma carga de até 20 toneladas, sendo que a estrutura que apresenta risco pesa 16 toneladas”, informou o gestor.

A Defesa Civil interditou a passarela da meia noite da segunda-feira até 1h30 da madrugada de hoje, para a instalação do guindaste. Segundo o major Alfaro, do Corpo de Bombeiros Militar de Ananindeua, “Esta foi a decisão mais acertada, pois causa o mínimo de impacto à mobilidade da população. Fizemos uma interdição temporária e a desinterdição logo após a instalação do guindaste”.

Para o coordenador de Operações do Detran, Walmero Costa, o trecho em questão requer atenção redobrada. “Estamos dando suporte às ações da Polícia Rodoviária Federal, que ainda é responsável pelo policiamento de trânsito da área, mas, também manteremos uma equipe no local. Pelo o que pudemos observar até o momento, o fluxo de veículos está dentro normalidade.”

Algumas medidas auxiliares serão adotadas, e já começaram nesta madrugada com a retirada da estrutura de suporte do piso e dos tirantes (nome da peça que se desprendeu), ao longo de toda a extensão da passarela, eliminando, assim, o risco eventual de novos colapsos. O trabalho foi feito pela empresa Oyamota do Brasil, que está sendo contratada para construir a nova passarela, com a ajuda de uma plataforma.

Outra medida que será adotada imediatamente é a contratação – emergencial ou por licitação, de acordo com parecer jurídico – da recuperação estrutural integral de todas as outras cinco passarelas danificadas. “O aspecto visual é muito feio. Muitas estão boas estruturalmente, mas é nosso dever dar manutenção geral em todas elas”, finalizou Kleber Menezes.