Seaster e Sebrae firmam parceria para garantir formação a pessoas com deficiência
Na busca pela garantia do acesso de jovens com deficiência a programas de geração de renda, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), capacitou 25 técnicos em fomentação do empreendedorismo. O curso, que iniciou na segunda-feira (18) e foi encerrado nesta quinta-feira (21), ocorreu no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC),em Belém, e teve como principal objetivo estimular o protagonismo de pessoas com deficiência. Mais uma turma de capacitação de jovens com deficiência está prevista para novembro próximo.
Os técnicos capacitados terão a responsabilidade de atuar como multiplicadores do conhecimento. “Na nossa sociedade, as pessoas com deficiência enfrentam diversas barreiras para serem inseridas e terem seus direitos respeitados. Mais ainda, quando se trata de mercado de trabalho. E foi pensando em ajudá-las a vencer esses obstáculos que a Seaster buscou essa parceria”, informou a secretária de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Ana Cunha.
O curso faz parte da iniciativa do Sebrae “Crescendo e Empreendendo”, que visa atender estudantes do ensino médio, entre 15 e 18 anos. No caso dos jovens com deficiência, a instituição estendeu a faixa etária para 14 a 25 anos. “A ideia é ajudar essa pessoa com deficiência a montar o seu próprio negócio e, através disso, garantir sua independência financeira, já que muitas delas não conseguem se inserir no mercado de trabalho”, disse a terapeuta ocupacional da Seaster, Virgínia Moraes.
Ela também ressaltou a preocupação da Secretaria em retirar esses jovens da condição de vulnerabilidade social e dependência do Estado. “Retirar essas pessoas dessa condição é algo muito importante, porque vemos que, financeiramente, é inviável para o país manter todas elas na assistência. Por isso, queremos estimulá-los a buscar sua independência, e eles têm competência para tal. O empreendedorismo, inclusive, os ajuda a serem mais autoconfiantes. Eles se sentem úteis”, afirmou a terapeuta.
Metodologia - Provocar o debate sobre trabalho, negócio e empreendedorismo entre os jovens é a proposta principal do projeto do Sebrae. Para isso, a entidade quer fazer com que ele conheça o universo empreendedor e se predisponha a identificar oportunidades, por meio da adoção de atitudes empreendedoras. O curso é voltado para projetos sociais com ações educacionais, e tem propostas pedagógicas de curta duração.
O curso foi dividido em quatro módulos: Descobrindo atitudes empreendedoras, Características do comportamento empreendedor, Trabalho e negócio e Pensando no Futuro. Para os professores, a capacitação corresponde a 23 horas, e para os jovens, 16. “O Sebrae busca fomentar o empreendedorismo desde a infância, a partir do primeiro ano do ensino fundamental. A ideia é fazer com que estes jovens sejam protagonistas da sua própria história. Ainda mais o jovem com deficiência. Por isso, a proposta é fazer com que ele supere as dificuldades e possa prover seus próprios recursos”, afirmou o consultor de empresas do Sebrae, João Rubens Barreto.