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Governo vai investir mais de R$ 70 milhões na rede hidroviária do Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
03/02/2015 19h32

Mais da metade dos 144 municípios paraenses são atendidos pelo modal hidroviário. Com base nisso, a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) programou a construção de mais sete terminais hidroviários no interior, um investimento de R$ 77 milhões, nos próximos quatro anos. Os terminais vão atender os municípios do Baixo Amazonas, com destaque para Santarém.

Os municípios de Almeirim, Curuá, Faro, Prainha e Terra Santa e a localidade Santana do Tapará, localizados na margem esquerda do Rio Amazonas, receberão novos terminais. “Esse municípios já têm os portos, mas estão com os flutuantes sucateados, e a reforma sairia três vezes mais cara, então vamos construir terminais novos. Eles juntos devem atender cerca de 80 mil pessoas por mês, oferecendo aos usuários mais qualidade, segurança e conforto”, diz o presidente da CPH, Abraão Benassuly Neto.

Em Santarém, o Terminal Hidroviário já tem os projetos básico e executivo e o Relatório de Controle Ambiental. “Estamos captando recursos com o Banco do Brasil para essas construções. Em Santarém, a obra está orçada em R$ 55 milhões. Lá não temos terminal ainda. Esse terá 3,6 mil metros quadrados de área construída para um Terminal de Cargas e Passageiros”, acrescenta o presidente da CPH.

Ainda serão reformados cinco portos com recursos do Tesouro do Estado, nos municípios de Breves, Salvaterra, Muaná, Ponta de Pedras e Igarapé-Miri. “Eles precisam ser reformados para atender às normas da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Desde 2011 estamos reformando e ampliando a rede hidroviária do Estado. Entregamos entre portos e terminais o de Belém – que em seis meses atendeu cerca de 600 mil pessoas –, além de Barcarena, Porto de Moz, São Sebastião da Boa Vista, Gurupá e Itaituba”, acrescenta Abraão Benassuly.

Os benefícios da melhoria dos portos e terminais vão além do conforto. “Tenho que voltar para Macapá, onde moro. Vim de avião com minhas filhas, mas resolvi voltar de barco porque é mais barato e está bem mais seguro e organizado viajar por aqui depois que reformaram o terminal. Minha irmã se sente até mais segura quando vou de barco”, comenta a dona de casa Ester do Rosário.

Está previsto também o início das obras da primeira etapa da Plataforma Logística do Guamá, investimento inicial estimado de R$ 90 milhões. A construção vai ampliar e melhorar a acessibilidade de interligação do Amazonas, do Pará e de outros Estados do Brasil. “Vamos receber embarcações e carretas, o que deve retirar cerca de 1,2 mil carretas que transitam na capital todos os dias. Um benefício para a cidade e para os carreteiros, que economizaram tempo. A obra deve começar ainda em 2015, e partirá da abertura de vias no bairro do Guamá para receber o terminal”, garante Benassuly.