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Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência em oncologia na região

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/02/2015 17h29

Com palestras e rodas de conversa, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, fez nesta quarta-feira, 4, programação alusiva ao Dia Mundial do Câncer nas recepções do ambulatório das especialidades clínicas e da oncologia. A programação teve como principal objetivo desfazer alguns dos principais mitos sobre a doença, que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), deve afetar 576 mil brasileiros neste ano. O regional é um dos que garantiram a interiorização do tratamento em oncologia no Pará.

A equipe de oncologia do hospital esclareceu algumas das principais dúvidas dos pacientes em tratamento e também dos usuários e acompanhantes. “Fizemos uma dinâmica com os pacientes, uma vez que é pelo conhecimento sobre o câncer que as pessoas conseguem se conscientizar sobre os cuidados que devem ter. Esse é um desafio que enfrentamos todos os dias, e as palestras repassam esse conhecimento para a população”, disse a enfermeira oncológica Janete Aguiar.

Durante as palestras foram distribuídos materiais educativos com informações específicas sobre o câncer de mama, que poderá afetar até 57 mil mulheres, e também sobre o câncer de próstata, que poderá registrar 69 mil novos casos. “Um dos grandes mitos do câncer é a crença de que isso nunca vai acontecer com a gente. Isso faz com que muita gente não procure medidas preventivas e acabe descobrindo a doença em estado avançado, quando a possibilidade de cura é menor”, disse o médico oncologista Carlos Hummes, após falar sobre a importância dos exames preventivos e de rotina.

A enfermeira oncológica Carla Tenório acompanha diariamente a vida dos pacientes que passam por quimioterapia. Ela falou sobre a importância das palestras. “A gente aborda não só a questão do diagnóstico, mas o direito deles ao tratamento. O câncer tem chances de cura, e neste dia procuramos mostrar isso. Algumas pessoas ainda acham que o câncer passa pelo contato, e sabemos que o abraço, o afeto, hoje faz parte do tratamento”, enfatizou.

Interiorização – Segundo dados do HRBA, em 2013 foram registradas 12.424 consultas oncológicas, 805 cirúrgicas oncológicas, 4.797 sessões de radioterapia, 24.039 sessões de quimioterapia e 198 sessões de braquiterapia, totalizando 42.308 atendimentos. Até outubro de 2014 o número de atendimentos, graças às campanhas de prevenção e sensibilização, saltou para 47.805, divididos em 16.565 consultas oncológicas, 720 cirurgias oncológicas, 26.075 sessões de radioterapia e 4.248 sessões de quimioterapia, além das 197 sessões de braquiterapia feitas em Santarém.

Atualmente, mais de 1,5 mil pessoas são atendidas pelo Serviço de Oncologia do HRBA, pacientes com histórias de vida bem diferentes, como Janaína Stoef, 20 anos, que há seis anos descobriu um câncer na clavícula, um linfoma de Hodgkin. Natural de Rurópolis, a jovem iniciou tratamento em Belém, mas há seis meses foi transferida para Santarém. “No começo a gente fica bem abalada, mas depois acaba tento forças para levar o tratamento em frente. Hoje estou bem melhor, meu esposo está sempre comigo. O câncer não é um fim”, declarou.

O diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi, disse que um dos maiores avanços na saúde pública da região oeste paraense foi a interiorização da oncologia. Hoje o HRBA oferta todo o tratamento necessário gratuito para o paciente com câncer. “Temos diversos pacientes que só conseguiam receber o tratamento oncológico referenciados para Belém e até outros centros. Para nós é uma grande satisfação receber estes pacientes para fazerem o tratamento ao lado de familiares e amigos”, frisou.

“A vinda da oncologia pediátrica também é outro grande avanço. Temos mais de 40 crianças que poderiam estar em qualquer lugar do Brasil e hoje estão em suas casas, ao lado da família”, completou o diretor, citando a importância do acompanhamento psicológico de toda equipe multiprofissional envolvida no processo assistencial, que faz com que o Hospital Regional do Baixo Amazonas seja referência na assistência a os seus pacientes.