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Laboratório forense do Renato Chaves está entre os 5 melhores do Brasil

Por Redação - Agência PA (SECOM)
05/02/2015 19h23

O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves está equipando o Laboratório de Genética Forense, abastecendo a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. Novos equipamentos chegaram recentemente ao centro, que já se compara aos melhores do Brasil. O laboratório vem se destacando por ser o único da região Norte que alimenta o banco de perfis genéticos, colocando o Pará entre os cinco Estados que mais contribuem com essa base de informações no país.

O laboratório funciona há sete anos, quando surgiu uma demanda importante. “Começamos com o caso das meninas que morreram carbonizadas na estrada de Salinas após um acidente de carro, no ano de 2008. Antes fazíamos os exames, mas mandávamos para serem analisados na Universidade Federal do Pará (UFPA). Hoje trabalhamos com todas as vertentes. Identificação humana, restos cadavéricos, corpos ignorados, vestígios de crimes e violência sexual, além de paternidade e maternidade criminal”, diz a perita criminal Márcia Oliveira.

A equipe do laboratório conta com seis profissionais, que atendem toda a demanda de DNA do Estado. “Quando fomos convidados a integrar a rede nacional, tivemos de cumprir algumas exigências com testes de proficiência e um número mínimo de laudos emitidos,  mas hoje temos mais equipamentos e todo o suporte de um grande laboratório”, acrescenta a perita.

Atualmente o serviço dos laboratórios é agilizado pelo uso de um quantificador de DNA, três termocicladores e um robô de extração. “O robô é uma das aquisições mais recentes, e ele executa um trabalho que demorávamos horas para fazer, pois consegue coletar 14 amostras de DNA em apenas 16 minutos. O exame, porém, é uma caixinha de surpresas, e às vezes não conseguimos resultado, depende do material que temos para coletar”, explica a perita criminal Elzemar Rodrigues.

O Pará vem abastecendo o banco de dados dos perfis genéticos nacional e aprendendo com essa experiência. “O objetivo desse banco é trocar informações com outros Estados, aumentando nossas chances de ligar crimes a criminosos. Somos o quarto dos cinco Estados que mais contribuem com essa rede, junto com São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, por meio da Polícia Federal”, reforça a perita.

A implantação do Banco de Dados de Perfis Genéticos começou no Brasil em 2007, com o uso do Sistema Codis (Sistema Combinado de Índices de DNA), que foi desenvolvido pelo FBI, a polícia federal americana. No Brasil está uma das maiores instalações do sistema depois do Estados Unidos, com a presença em 15 Estados. No Norte do país, funciona apenas no Pará, Amapá e Amazonas.