Estandes da Feira Existir mostram novidades tecnológicas
Novidades que facilitam a vida e aumentam a independência das Pessoas com Deficiências (PCD) e uma ampla programação cultural e esportiva deram um tom especial na tarde da última quinta-feira, 22, à II Feira Estadual Existir, que este ano traz como tema "Arte, cultura, educação e esporte em movimento”. A programação ocorre até esta sexta-feira 22, na Praça do Artista, da sede da Fundação Cultural do Pará.
A feira é um esforço integrado de vários órgãos e instituições do Governo do Estado por meio do Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC) e Secretaria de Educação do Estado (Seduc) para destacar os serviços, tecnologias e novas propostas para aumentar a inclusão dos portadores das mais variadas deficiências.
Pelo palco da feira de acessibilidade passaram 14 atrações que encantaram o público, a maioria formada por artistas portadores de necessidades especiais, que se expressaram através da dança, da música e do teatro. Heverton Silva e o amigo Wilson Monteiro são deficientes visuais e ficaram encantados com a apresentação da banda da Apae Marituba. “Como a feira foi toda projetada para PCD mesmo sem enxergar, pela discrição feita dos músicos e dos instrumentos no palco, permitiu uma experiência sensorial maior que somente a auditiva”, destacou Herverton.
Paratletas das mais variadas modalidades adaptadas também estiveram na Feira. A equipe paraense de Vôlei Sentado mostrou como vem ganhando destaque na modalidade, a equipe de Futebol de Cegos e de Bocha Olímpica também prestigiaram o evento.
Pelas dezenas de estandes a movimentação era grande. Cerca de 30 pessoas por hora passaram por cada um deles para conhecer as novidades tecnológicas e os trabalhos artísticos dos estudantes atendidos pelas unidades especializadas do estado.
No estande da Seduc, Stefano Coelho, de 15 anos, do Núcleo de Atividades de Altas habilidades\Superdotação (NAAHs), mostrava ao público o talento para caricaturas. “Nunca fiz curso nenhum, a vontade de desenhar sempre existiu em mim, pego um papel, lápis, olho para a pessoa e vou desenhando” disse o menino sem tirar os olhos do papel, desenhando rápido com extrema precisão.
No estande da Universidade Federal do Pará (Uepa) estavam em exposição recursos assistivos (softwares e hardwares) e até uma impressora 3D para confecção de órteses. No espaço de “Saúde e Assistência” tem exposição de órteses e próteses, cadeiras de rodas, além de orientações de saúde, mostra de serviços e programas de inserção de PCD no mercado de trabalho.
O encerramento da Feira que ocorre nesta sexta-feira, 22, será dedicado às oficinas e capacitações, gratuitas, que terão como público-alvo pessoas com deficiência, familiares, educadores e demais interessados no assunto. Um dos destaques é a roda de conversa “A família, seus desafios e conquistas na luta pela inclusão”, que dispõe de 30 vagas. Já a oficina sobre dança em cadeira de rodas, com 30 vagas, é destinada a professores, técnicos e acadêmicos.
A II Feira Existir tem como objetivo possibilitar acesso e acessibilidade da pessoa com deficiência a espaços de produções e vivências da diversidade cultural; além de promover a capacitação de profissionais e familiares a partir de workshops, palestras e oficinas para formação socioinclusiva. O evento é realizado em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, instituído por iniciativa de movimentos sociais, em 1982, e oficializado pela Lei Nº 11.133, de 14 de julho de 2005.
