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Mutirões beneficiam mulheres para retirada de nódulos de mama

Por Redação - Agência PA (SECOM)
10/02/2015 10h33

Com objetivo de promover o tratamento de lesões benignas e diagnóstico precoce de câncer de mama, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza, desde 2013, no Centro Hospitalar Jean Bitar, em Belém, mutirões de exérese de mama (retirada de nódulos). O décimo quinto foi realizado neste sábado (7) e beneficiou 20 mulheres atendidas na Unidade Especializada Materno Infantil (Uremia). Estão agendados novos mutirões para os meses de março e abril deste ano. No total, 300 mulheres já foram contempladas, sendo a maioria residente no interior do Estado.

Todos os nódulos retirados passam por biópsia, inclusive os das mulheres que já tiverem resultado negativo em biópsia feita a partir de punção (remoção de uma pequena amostra de células do tecido mamário alterado). As cirurgias são feitas pelos mastologistas Marcelo Robson, da Uremia, e Ana Carolina Oliveira, do Hospital Santa Casa de Misericórdia.

Pouco invasivo, o procedimento é feito com anestesia local e dura cerca de 20 minutos. Segundo a diretora da Uremia, Nazaré Falcão, o objetivo é permitir o diagnóstico precoce, além de reduzir as taxas da doença e das mortes provocadas por esse tipo de câncer no Pará.

“Oitenta por cento dos nódulos de mama são benignos e se descobertos em tempo hábil as chances de cura aumentam. A mamografia é hoje a principal estratégia para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer. A uremia faz uma média de 40 mamografias por dia”, informou.

Odinéa dos Santos, 23 anos, que mora em Breves, é uma das beneficiadas. Segundo ela, a iniciativa trouxe alívio e a oportunidade de tratamento precoce. “Descobri um pequeno nódulo ainda aos 17 anos. O diagnóstico precoce me deu a chance de fazer tratamento ainda cedo para evitar possíveis complicações”, afirmou.

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil a estimativa era de 57.120 novos casos da doença só em 2014. O Inca estimou o aparecimento de 830 novos casos deste tipo de câncer no Pará no mesmo ano, sendo 360 registros somente na capital.

Os indicadores do Serviço de Mastologia do Hospital Ophir Loyola apontam o aumento no número de casos novos de câncer de mama. Somente em 2012, o HOL iniciou o tratamento de 360 mulheres, mais da metade dos 484 registrados durante todo o ano de 2011. Em 2013 o hospital realizou mais de 5 mil consultas na especialidade. O diagnóstico precoce e os avanços na medicina permitem sucesso em um número cada vez maior de tipos de tumores, com cirurgias cada vez menos invasivas e mutiladoras.