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Escolas estaduais apresentarão pesquisas em São Paulo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
24/02/2015 11h24

Pesquisas científicas desenvolvidas por estudantes e professores da rede estadual de ensino no Pará confirmam a qualidade de iniciativas pedagógicas nas escolas públicas e serão apresentadas, em março, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (13ª Febrace), evento de referência na Universidade de São Paulo (USP).

A Febrace será realizada de 17 a 20 de março e terá a participação de cinco escolas estaduais com seis projetos: “Professor Basílio de Carvalho”, de Abaetetuba, com os projetos “A utilização do forno solar como recurso alternativo de desinfecção de águas” e “Esport-Alt: Levando vida saudável às comunidades ribeirinhas através da criação de esportes alternativos”; a Escola “Manoel Antônio de Castro”, de Igarapé-Miri, com o projeto “Modelagem matemática com inovação didática e metodológica”; a Escola de Ensino Médio “Antônio Lemos”, de Santa Izabel do Pará, com o projeto “O boneco Papa Chibé como elemento lúdico na educação infantil”; “Escola “Rui Barbosa”, em Tucuruí, com o projeto “Protótipo de semáforo de baixo custo com arduíno”, e Escola “Eneida de Moraes”, em Ananindeua, com o projeto “Sistema de detectação e monitoramento de vazamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) e outros”.

No final de 2014, os alunos Ananda Louzeiro de Souza, 17 anos, e Carlos Alberto de Souza Farias, o professor Ediney Guedes de Sousa e a coorientadora Osmália Borges da Silva passaram a desenvolver, a partir de uma aula de Física, um projeto para demonstrar o Princípio de Pascal (transferência de pressão). Os três optaram, então, por confeccionar, no laboratório da Escola “Antônio Lemos”, um protótipo de robô (um boneco articulado), com estrutura em tubos PVC que têm suas articulações movimentadas através de jatos d'água.

“A nossa intenção, no começo do processo, era trabalhar a lateralidade e as cores, mas o Papa Chibé acabou sendo apresentado para crianças de 3 a 5 anos de idade na Escola Maria José de Oliveira, uma unidade municipal de Educação Infantil, aqui, em Santa Izabel, e, em seguida, na escola estadual de Educação Especial Geovani Emmi, também em Santa Izabel. Verificou-se, inclusive, que o Papa Chibé pode ser utilizado para estimular movimento em quem tem atrofia nas mãos”, observou o professor Ediney.

“Esse projeto tem me estimulado aos estudos e ele tende a crescer no seu aproveitamento nas escolas”, observa Carlos Alberto, aluno do 2º ano e que pretende cursar Pedagogia. Ananda Louzeiro, aprovada para o 3º ano do Ensino Médio, quer fazer Comunicação Social – Jornalismo. “Esse projeto demonstra que a gente consegue concretizar a partir da curiosidade e estudos”, salienta Ananda.

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Eneida de Moraes”, em Ananindeua, uma parceria com a UFPA, via projeto Engenhocas, realiza, desde 2014, o projeto de elaboração de um sistema informatizado (plataforma arduíno) de sensores para acusar eventuais vazamentos em gás de cozinha e também de fumaça em aparelhos e equipamentos em geral.

A intenção dos pesquisadores, entre alunos da “Eneida de Moraes” e da UFPA, é aperfeiçoar o sistema até o seu uso como alerta em um aparelho celular, contribuindo com a prevenção de acidentes em ambientes caseiros e industriais.

O projeto, financiado pelo CNPq e Petrobras, reúne as professoras Mara Raiol e Santana Fernandes, da escola estadual; os professores da UFPA Wellington Fonseca, Vicente Ferrer e Luciana Gonzales e a pedagoga Janise Viana, além de 11 estudantes da “Eneida de Moraes” e cinco da UFPA. “Eu noto o interesse dos alunos na pesquisa a partir desse trabalho aqui, no laboratório, tanto que uma aluna nossa acabou de passar no vestibular da UFPA, no curso de Ciência & Tecnologia”, afirma a professora Mara Raiol.

“Eu ia fazer Medicina, mas com as atividades do Engenhoca aqui na escola, eu me apaixonei por essa área da C&T e troquei de curso”, destaca a caloura Ana Carolina Reis, 18 anos. Ela será aluna do professor Wellington Fonseca no curso universitário e atuará na "Eneida de Moraes", no mesmo projeto. A aluna Roberta Hanna, do 3º ano da escola, também está na pesquisa e quer cursar C&T.