Plano Estadual de Agricultura de Baixo Carbono intensifica ações para difusão tecnológica
A tecnologia pode ajudar a agricultura familiar a reduzir as emissões de carbono durante o processo de plantio até a colheita. Um exemplo disso é o equipamento desenvolvido pela Embrapa para triturar áreas de capoeira e que substitui o velho método de corte e queima no processo de limpeza da terra para preparo das lavouras. Na semana passada, o governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), entregou uma dessas máquinas para os agricultores familiares de Ulianópolis e, neste fim de semana, faz a entrega de equipamento semelhante para produtores de Dom Eliseu.
A disseminação de tecnologias que permitem a redução a níveis muito baixos das emissões de carbono foi o tema principal da reunião realizada nesta sexta-feira, 20, pelos integrantes do Comitê gestor do Plano Estadual de Agricultura de Baixo Carbono. Para intensificar a difusão tecnológica, o comitê aprovou a realização dois cursos destinados a treinar técnicos agrícolas das regiões de Santarém e Paragominas para as práticas de conservação de carbono.
De acordo com o cronograma aprovado, o curso em Santarém será realizado em maio e o de Paragominas em julho. “Serão capacitados um total de 50 técnicos, 25 em cada um dos cursos, que receberão informações sobre técnicas de recuperação de pastagens, plantio em sistemas agroflorestais e plantio direto ministradas por doutores da Embrapa”, explica o diretor de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Local da Sedap, Luiz Pinto. Os técnicos também terão a oportunidade de conhecer quais a linhas de crédito e condições oferecidas pelo Banco do Brasil e pelo Banco da Amazônia para a agricultura de baixo carbono na Amazônia.
“A ideia é que, após os cursos, os técnicos capacitados repassem os conhecimentos adquiridos para os produtores rurais de suas regiões de atuação de forma a expandir as áreas onde se aplicam técnicas agrícolas de baixo carbono no Pará, reduzindo impactos ambientais e tornando a agricultura paraense cada vez mais sustentável”, afirma Luiz Pinto.