Surf noturno na Pororoca ilumina o rio Capim
De longe se via uma linha branca no rio Capim, era a pororoca noturna. Ela apareceu alta e forte e mesmo debaixo de chuva e de um céu escuro, eles voltaram para a água. Sete surfistas profissionais surfaram a pororoca às 1h50 da madrugada. Dezenas de pessoas se reuniram para vê-la passar.
As pranchas estavam cobertas de LEDs e o Mirante do Barriga – de onde o fenômeno pode ser visto – iluminado para a espera da onda. O público entusiasmado aplaudiu a apresentação. “A natureza é incrível”, comentavam. Antes do Surf Nortuno, shows com atrações do Reggae Nacional animaram o evento.
O XVII Surf na Pororoca está chegando ao final. No início da tarde deste domingo (22), os surfistas partem para a segunda tentativa de estabelecer o recorde de maior número de atletas na mesma pororoca. Tudo será acompanhado e registrado pelo Rank Brasil Recordes Brasileiros para homologação da marca.
Para Pablo Paulino, bi-campeão Mundial Pro Júnior, a ansiedade pela primeira pororoca era grande. “Já tinha ouvido falar, mas é uma experiência nova. Eu só tinha surfado nas ondas do mar mesmo. Hoje vejo que a força da natureza é muito incrível. Uma onda tão forte que dá para muitas pessoas surfarem. Apesar dela ser pequena, tem muita força. Eu me batizei aqui, eu estava muito ansioso. Até agora essa é a onda mais difícil que já surfei, é uma novidade para mim”, diz.
Até este domingo são realizados o XVII Surfe na Pororoca e XV Festival da Pororoca. O Festival da Pororoca reúne uma série de atividades sociais e esportivas, promovidas pela prefeitura de São Domingos do Capim em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel).