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Estado garante cumprimento de liminar que assegura travessia de balsas em Moju

Por Redação - Agência PA (SECOM)
23/03/2015 18h16

Por determinação judicial, a Polícia Militar do Pará e a Polícia Rodoviária Estadual mantiveram equipes de prontidão desde as primeiras horas desta segunda-feira, 23, nas áreas de embarque e desembarque das balsas que fazem a travessia do Rio Moju, para impedir a interdição dos serviços. O bloqueio foi aventado pelos líderes de um protesto realizado pela manhã, mas durou poucos minutos. Apesar da concentração de pessoas próximo às rampas de acesso às balsas, a travessia seguiu normalmente por toda a manhã. A operação recebeu apoio do Detran, Corpo de Bombeiros e Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).

Além de assegurar o cumprimento da decisão judicial, que proibiu a interdição das balsas, os servidores da área de segurança do Estado já vem trabalhando há alguns meses no local para minimizar os transtornos causados desde a interdição da ponte sobre o Rio Moju, que hoje completa um ano. “O governo do Estado intensificou esse trabalho na semana passada e promoveu melhorias no serviço”, destaca o coronel Roberto Damasceno, coordenador do Grupo de Trabalho instalado em Moju.

Entre as melhorias está a garantia mais uma balsa 24 horas, a instalação de banheiros químicos, o reordenamento no trânsito, a recuperação de rampas, a limpeza nas margens dos rios, a recuperação do trapiche de passageiros, a ampliação do pátio de manobras de veículos e a sinalização de toda a área ligada ao embarque.

Esses serviços resultaram na redução do tempo de espera pelo embarque. A média de espera na fila da travessia, agora, é de meia hora para carros de passeio. Nesta segunda-feira, no entanto, por conta da manifestação, a espera foi maior e mais tensa. Em dado momento, já no final da manhã, um grupo de pessoas fechou a pista de acesso às balsas por 30 minutos, apesar da proibição judicial. Mas a situação foi logo resolvida com a mediação do Coronel Roberto Damasceno.

O procurador do Estado, Marcio Mota Vasconcelos, esteve no local da manifestação e acompanhou o trabalho realizado pelos órgãos de segurança. “Apesar desse clima de tensão criado pelo protesto, a liminar expedida pelo juiz Cesar Augusto Paiva Rodrigues tem sido cumprida sem nenhuma alteração. Deixamos claro que não estamos impedindo o direito de livre manifestação. A liminar tenta apenas evitar a interrupção na travessia das balsas”, esclareceu.

Acidente - O transporte dos carros, ônibus e carretas é garantido por três balsas contratadas pelo Governo do Estado. As embarcações, somadas as capacidades, comportam 130 veículos por viagem. Duas dessas balsas operam 24 horas por dia. Em média, cada viagem dura 10 minutos.

As balsas são utilizadas desde que uma embarcação carregada com 900 toneladas de óleo de dendê colidiu com o pilar 14 da terceira ponte da Alça Viária. O acidente comprometeu um trecho de 240 metros e arruinou 72 metros do elevado, cujas peças de concreto ficaram dependuradas sobre o rio.

Ao expedir o mandado de interdito proibitório que desautoriza a interdição da travessia pelos manifestantes, o juiz ressaltou a “predominância do interesse público sobre o interesse particular” e a garantia do direito de ir e vir das pessoas, fixando multa de 100 mil reais em caso de desobediência. Graças ao trabalho preventivo dos órgãos de segurança, o protesto em que se ameaçava bloquear os serviços da balsa encerrou pacificamente.