Audiência Pública esclarece dúvidas sobre a obra da Ponte do Moju
Uma Audiência Pública para debater a reconstrução da Ponte sobre o Rio Moju foi realizada nessa quarta-feira, 25, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Moradores e lideranças comunitárias do município participaram do encontro, onde foram divulgadas informações mais detalhadas sobre prazos, ações e o uso dos recursos aplicados na obra. Na ocasião, o governo do Estado reforçou que trabalha intensa e ininterruptamente para minimizar os transtornos que o acidente provocado pela manobra mal sucedida de uma balsa carregada com 900 toneladas de óleo de dendê tem provocado à região.
Representantes do governo do Estado também aproveitaram a oportunidade para apresentar dados e ações realizadas no processo de travessia do rio. Algumas medidas pontuais, como a entrega de mais uma balsa grande e a duplicação do serviço durante a madrugada, que conta agora com duas embarcações 24 horas, foram apresentadas na Audiência Pública.
Desde que parte da ponte foi derrubada, avaliações, estudos e análises têm sido feitas junto com o andamento da obra física para que o processo de reconstrução da estrutura seja seguro e eficiente. “O problema da ponte exerce influência em outras partes da obra. A gente está na segunda etapa dela, a reconstrução. Na primeira etapa fizemos os estudos iniciais, com levantamentos e avaliação do sinistro, além de serviços correspondentes aos escoramentos e do desenvolvimento do projeto e do equipamento”, explicou o titular da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), Ismar Pereira.
O tenente-coronel PM Garcia, representante da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Desenvolvimento Social (Segup) na audiência, destacou que, além da obra física, foi preciso atentar para demandas muitas vezes internas, mas essenciais para o funcionamento da travessia. “A gente precisava estabelecer a normalidade às pressas e voltar a usar um mecanismo naquela região que não era usado lá há anos. Para balsas grandes precisávamos de uma estrutura para recebê-las que não comportava mais e balsas pequenas não dariam conta do volume de veículos. Quando a gente se aproximava da normalidade o fluxo aumentava. O gerenciamento durou uns seis meses”, relatou.
Todos os órgãos públicos envolvidos na operação de reconstrução da ponte passarão a ter uma base fixa na área da travessia. A intenção é agilizar ações de ordenamento no local. “Estamos com um posto de saúde, Arcon, Detran, PM e Bombeiros no porto da balsa. As duas balsas que estão operando vão ser adaptadas com duas rampas para agilizar a entrada e saída dos veículos. Também uma balsa grande chega agora já com duas rampas”, garantiu o Diretor da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon), Andrei Castro.
O Chefe da Casa Civil, Jose Megale, reforçou que o Estado está realizando todas as alternativas legais para melhorar a rotina de quem precisa usar as balsas. “Quanto aos recursos, estamos pagando sim. Porque a questão está na justiça, mas vamos buscar ressarcimento, o que aliás já ocorreu em parte. Fomos ressarcidos até agora em R$ 10,5 milhões. E o dinheiro está sendo empregado nessas ações. Além da terceira balsa grande, estaremos disponibilizando uma lancha para transportar passageiros e correndo atrás de mecanismos legais para utilizar os 33 barcos da população local, que também podem fazer essa travessia”, destaca.
Megale ainda pediu a colaboração dos caminhoneiros durante a travessia. “Vamos começa a pesar os caminhoões e aqueles com mais de 80 toneladas não vão passar, porque todas as vezes que eles passam as balsas quebram e o reparo interrompe a operação por seis horas”, disse.
Ele ainda informou que a as vias de acessos serão reparadas. “Vamos fazer a sinalização da estrada e mais um conserto emergencial nos 12 quilômetros considerados mais críticos da PA-252 para melhorar a trafegabilidade. Também estamos disponibilizando duas vans que vão transportar passageiros da balsa até o trevo de Abaetetuba, a manutenção dos banheiros e da iluminação”, acrescentou.