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Escolas da Rede Estadual dão exemplo de boas práticas em sala de aula

Por Redação - Agência PA (SECOM)
27/03/2015 09h06

Aulas a todo vapor e alunos estimulados com o ano letivo. Assim está o ambiente da Escola Estadual de Ensino Fundamental Rodolfo Tourinho, na estrada o Outeiro, em Icoaraci.  A diretora e o corpo docente da escola concordam que paralisar as atividades aplicadas aos 560 alunos dos turnos da manhã e tarde não será uma boa alternativa nesse momento. “É uma fase de adaptação dos alunos. Se dermos uma parada, vai haver quebra da relação entre professor, aluno e pais e a gente perde credibilidade, além de prejudicar a criança que pode se evadir da escola”, explicou a diretora Conceição Rodrigues.

A comunidade escolar da “Rodolfo Tourinho” se orgulha de ter alcançado uma boa média no Índice de Desenvolvimento da Educação básica (Ideb), saindo de uma baixa pontuação em 2005 (2.6) para 4.1, em 2013, e neste ano quer avançar mais. Com um time de professores comprometidos com a qualidade do ensino aplicado aos alunos, a escola desenvolve projetos direcionados para a leitura e o meio ambiente.

Toda semana, um boneco chamado “Zé do Livro” deixa os alunos animados quando entra em sala de aula para sortear algumas sacolas recicláveis com livros variados para serem lidos com a família. “A gente sorteia uma criança por turma. Eles levam as sacolas com os livros e, ao voltarem, contam sobre a história que leram em casa. Agora, queremos ver se sorteamos mais livros porque o retorno deles em relação à leitura é muito bom”, disse a professora Izabel Cristina, vice-diretora da escola.

Em 2013, a escola enfrentou problemas em relação à distorção série/idade de uma turma de alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, que estava com dificuldades no aprendizado de leitura. O desafio foi dado à professora Lucicleide Lima Barreirinhas, que conseguiu reverter a situação ao usar gibis para incentivar a leitura dos jovens. “Eram 37 alunos que não sabiam as vogais e nem escrever os nomes deles. Pra mim, foi um orgulho e um desafio. Eu sou apaixonada pela educação. Com alguns meses, consegui fazer com que toda a turma aprendesse a ler”, relatou a professora.

Muito querida pela comunidade escolar pelos méritos que vem conseguindo junto aos alunos, tanto na melhoria do aprendizado quanto nas mudanças de comportamento, Lucicleide Barreirinhas se orgulha em dizer que "a turma não falta um dia de aula". “Fico triste com essa paralisação, porque prejudica o ano letivo. Eu me orgulho de ter bons alunos nessa comunidade e que já pensam em serem bons profissionais no futuro”, comentou.

Comprometimento com a educação

Comunidade escolar comprometida com os alunos. Assim é a Escola Estadual de Ensino Fundamental Maria Estelita, no conjunto Maguari. Preocupados com a permanência dos alunos em sala de aula, os professores da escola acharam melhor não parar as atividades do ano letivo que está apenas começando. “Se pararmos, as crianças e os pais perdem o ritmo, podem se desestimular e não queremos isso”, disse a diretora Virgínia Santos.

A escola mantém em funcionamento os três turnos de aula com 350 estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). No contraturno das aulas, mantém 250 alunos com oficinas de Letramento, Arte, Direitos Humanos e atividades esportivas do programa Mais Educação.

Referência em ensino de qualidade na comunidade, a escola Maria Estelita recebeu este ano muitos alunos oriundos de escolas particulares. “Os pais reconhecem o trabalho que fazemos e dão um voto de confiança para a nossa escola e isso é muito gratificante para nós. Por isso, queremos continuar desenvolvendo nossas atividades normalmente”, disse a professora Conceição Rodrigues.

Até o ano passado, o estudante Kauã Tostel Feio Rodrigues, de 9 anos, era matriculado em uma escola no bairro do Icuí, mas teve que se mudar com a família para o conjunto Maguari e optou por estudar na “Maria Estelita” por considerar o ambiente da escola muito bom. “O de lá (no Icuí) não era legal e não tinha área para brincar. Aqui (na escola) as professoras são boas e os colegas são legais”, comentou o estudante.