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RELATÓRIO EPIDEMIOLÓGICO

Sespa volta a confirmar queda dos números da dengue no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
31/03/2015 16h03

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que até o dia 30 de março deste ano foram confirmados 638 casos de dengue em todo o Estado. Os dados fazem parte do terceiro Informe Epidemiológico, emitido pela Coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue. Os números estão bem abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado, quando 1.411 pessoas já haviam sido oficialmente diagnosticadas com a doença somente no primeiro trimestre, o equivalente a uma queda de 54%.

No cenário nacional, o Pará vem registrando uma redução gradativa dos casos de dengue. O balanço de 2014 mostra que as ocorrências caíram 62% na comparação com o ano anterior: De janeiro a dezembro de 2014 foram confirmados 2.996 casos da doença, contra 7.958 em 2013.

Os municípios com maior incidência de casos confirmados neste ano são: Belém (214), Altamira (128), Senador José Porfírio (58), Ponta de Pedras (28), Parauapebas (26) e Marabá (16). A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um espaço de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas. Nenhum óbito foi confirmado neste ano em decorrência da dengue. Já em 2014 foram registradas quatro mortes pela doença no Pará, sendo um residente em Oriximiná (ocorrido em São Luís), outro em Altamira e os demais residentes em Ananindeua e em Vitória do Xingu. Em 2013, os casos de óbtio chegaram a oito. 

A Coordenação Estadual do Programa de Controle da Dengue informa que, para a confirmação de óbitos, é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) - que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

A Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras larvicidas e adulticidas. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre o Chikungunya, promovida pelo Ministério da Saúde, em Belém, no período de 30 de setembro a 2 de outubro passado, para profissionais de saúde dos 13 Centros Regionais e municípios do Estado.

Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando à participação da população no controle da dengue.

Sobre febre chikungunya

O vírus da febre chikungunya também está controlado e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em 2015, dois casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém. No ano passado 16 casos foram confirmados, todos turistas oriundos da Guiana, Caribe e Oiapoque, que manifestaram sintomas durante passagem pela capital paraense e que evoluíram para a cura, mediante assistência da Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), com apoio da Sespa.

O Departamento de Endemias da Sespa alerta que a preocupação com esse vírus é semelhante ao que se deve ter com o da dengue. Para ambas as doenças o tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. A febre Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue – febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema – e costumam durar de três a dez dias.

Serviço: Mais informações sobre dengue e febre chikungunya são fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde de Ananindeua (91) 3073-2220; Marabá (94) 3324-4904; Marituba (91) 3256-8395; Santarém (94) 3524-3555, e Tucuruí (94) 3778-8378. Em Belém, além dos telefones (91) 3344-2475, 3344-2459 e 3277-2485, estão disponíveis os telefones dos Distritos Administrativos da Prefeitura: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), Dagua (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).