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Queda de 50% do estoque de sangue do Hemopa pode prejudicar atendimento

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/04/2015 20h44

A Fundação Hemopa volta a enfrentar crise com a insuficiência de 50% no estoque de sangue, que pode prejudicar o atendimento transfusional de urgência e emergência, na rede hospitalar, caso a situação não seja revertida. As intensas chuvas, que dificultam o acesso ao serviço, e a ocorrência de casos de virose, que inabilita temporariamente a doação voluntária de sangue, são alguns dos fatores responsáveis pela significativa redução da oferta de sangue.

Dos tipos de sangue em grande necessidade, destacam-se A Negativo, O Negativo e A Positivo. Por isso, a gerente de Captação de Doadores do Hemopa, Juciara Farias, sugere a urgente atualização dos dados cadastrais de doadores, especialmente com RH Negativo. “Mais de 50% dos voluntários acionados pelo serviço não atendem por terem mudado o número de celular ou o telefone convencional. Isso dificulta extremamente o andamento de nossas ações”, explica.

Ela sugere ainda outras ações na rede hospitalar, com o maior empenho do corpo clínico na captação de doadores junto aos familiares e amigos do pacientes internados. “Se um familiar ou amigo de cada paciente internado na rede hospitalar doasse sangue, a situação seria bem melhor”, diz Juciara Farias, informando que há hospital de grande porte que consome uma média mensal de 1,5 mil bolsas e não chega a repor 30% delas. “O produto sangue tem um único destino, os hospitais, então lá é o espaço adequado para falar sobre a importância da doação na promoção da saúde pública”, ressalta a gerente.

Iniciativas – Dentro desse contexto, colaboradores do Hospital Galileu estão em campanha de doação de sangue na sede do Hemopa, em quatro equipes com 25 membros. A primeira ação foi no dia 31 de março, a segunda ocorre nesta terça-feira (7) e as próximas estão agendadas para os próximos dias 9 e 14. O grupo tem acesso aos serviços com a disponibilidade da “Caravana Solidária” do Hemopa, que transporta esses voluntários em micro-ônibus com capacidade para 30 lugares.

Rogério da Silva Lima, 39, tipo sanguíneo O Positivo, fez parte do grupo desta terça. A primeira doação dele, há cerca de um ano, foi para a esposa, que estava hospitalizada e precisou de transfusão de sangue. Depois desta experiência, ele se comprometeu com a causa da doação. “Sou motorista, e todos os dias transporto as bolsas de sangue do Hemopa para o hospital, por isso sei o quanto é necessário ajudar os pacientes que precisam, sejam familiares ou não. É bom ajudar, a gente pode salvar vidas”, afirmou.

Doadora há dez anos, a técnica de enfermagem Ana Ilka, 39, sangue tipo O Positivo, fez mais uma boa ação nesta terça-feira. “Meu pai é doador, me ensinou e me incentivou a doar”, disse. Ela compõe o segundo grupo de colaboradores do Hospital Galileu que compareceu ao hemocentro. “A gente tem que fazer o bem sem olhar a quem. A cada terça-feira vêm mais colegas que estão motivados a doar. No meu setor, o Centro Cirúrgico, todos participam”, frisou.

Consciência - “É válido fazer a doação como forma de incentivar o ato de caridade ao próximo. Se cada um contribuir fazendo a sua parte, a vida de muitas pessoas que dependem disto será salva”, completou o supervisor de manutenção Waldecir Viana de Castro, 30, doador há quatro anos, sangue tipo O Positivo, colega dos demais colaboradores do Hospital Galileu. O Hemopa tem a responsabilidade de abastecer mais de 200 hospitais paraenses em quantidade e qualidade compatíveis à demanda. O aumento do número de leitos, cirurgias e transplantes também acaba contribuindo para a maior necessidade transfusional.

Pode doar sangue qualquer pessoa com boa saúde, que tenha entre 16 e 69 anos e pese acima de 50 quilos. É necessário portar documento de identidade original e com foto e estar bem alimentado. O homem pode doar a cada dois meses, e a mulher, a cada três. Adolescentes de 16 e 17 anos só podem doar com a autorização dos pais ou de um representante legal. Para fazer o cadastro de doadores de medula óssea, o candidato deve estar bem de saúde, ter entre 18 e 55 anos e portar documento de identidade original e com foto.

A Fundação Hemopa fica na Travessa Padre Eutíquio, 2.109, em Batista Campos, e faz coleta de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h30 às 17h. A Estação de Coleta Hemopa-Castanheira fica no térreo da passarela Pórtico Metrópole, que dá acesso ao shopping Castanheira, na BR-316, e funciona no mesmos horários. Mais informações: 0800-2808118.