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EDUCAÇÃO

Classe Hospitalar garante a alunos em tratamento médico a continuidade dos estudos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
11/04/2015 12h42

O projeto Classe Hospitalar, mantido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), tem garantido a continuidade dos estudos a pacientes internados em dez hospitais da Região Metropolitana de Belém. Criado em 2003 e executado em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), oferece aos alunos pacientes aulas das matérias regulares dos ensinos Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), de forma que eles não percam o ano escolar em virtude da ausência das unidades escolares para tratamento médico.

Atualmente, as Classes Hospitalares atendem uma média de 100 alunos por mês. Para isso, Seduc e Sespa, com o apoio de colaboradores da iniciativa privada, organizam um espaço propício ao ensino-aprendizagem nas unidades de saúde e mobilizam profissionais para ministrar aulas e monitorar as atividades nesses locais.

O programa, ofertado nos hospitais Ophir Loyola e  Betina Ferro, Espaço Acolher (da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará) e também em unidades de atendimento domiciliar, conta com uma equipe de médicos, professores, alunos de doutorado e graduandos de universidades paraenses, supervisionada pela Coordenadoria de Educação Especial da Seduc. A capacitação desse corpo funcional ocorre no dia a dia, com auxílio de tutores que estão há mais tempo no projeto.

Aprendizagem

Além de levar ensino, conhecimento e ajudar o aluno na sua formação educacional, o projeto também garante dignidade e amparo àqueles estudantes que enfrentam tratamentos delicados contra doenças que podem estigmatizá-los socialmente. Segundo Deuzanilce Batista, vice-diretora do Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar, “o objetivo do projeto é levar ao aluno enfermo e em tratamento  a possibilidade de que ele possa continuar seus estudos e que ao ter alta ele prossiga sua vida escolar”.

No Hospital Ophir Loyola, o projeto Classe Hospitalar recebe o nome de “Instituto Prosseguir” e atende crianças, jovens e adultos em tratamento contra o câncer na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA. Além de assegurar que esses alunos não terão o processo de ensino-aprendizagem interrompido, o projeto constitui um importante instrumento de inclusão e de estímulo à superação da própria doença.

“A ideia é que os pacientes internados, mesmo aqueles que precisam passar longos períodos no hospital, não percam o interesse pelos estudos e possam concluir o ano letivo. O Classe Hospitalar faz parte de uma diretriz da Secretaria de Educação e existe oficialmente como uma política de governo, obedecendo ao que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirma Tarcísio Cardoso, médico e coordenador do Instituto Prosseguir.

Internada no setor de Pediatria do Ophir Loyola, a  pequena Eduarda Vitória, de 8 anos, diz que as aulas são a melhor parte do tratamento que faz contra o câncer. “É muito bom poder ter aulas aqui no hospital, além de fazer novos amigos gosto muito dos professores”, revela. 

Os alunos que, diferente de Eduarda, não tem condições de assistir as aulas nos ambientes do projeto, recebem atendimento nos próprios leitos. É o caso de Wendel Monteiro, de 13 anos, estudante do 9º  ano do Ensino Fundamental. Apreciador da boa leitura, ele acha importante manter os estudos e diz que essa possibilidade é o que mantém acesas suas esperanças no futuro.

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