Polícia Civil prende associação criminosa especializa em roubos de veículos na Grande Belém
A Polícia Civil desarticulou, nesta terça-feira, 14, uma associação criminosa responsável por praticar roubos de veículos na Região Metropolitana de Belém. Cinco integrantes do grupo foram presos por policiais civis, durante operação policial para cumprir mandados de prisão decretados pela Justiça.
A operação, denominada "Tripa Seca", teve início por volta de 6 horas da manhã, sob coordenação da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFV), unidade vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), juntamente com policiais civis do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e da Seccional Urbana do Paar, em Ananindeua.
Foram expedidos sete mandados de prisão. Foram presos João Diego da Costa Reis, 19 anos; Luan Cristiano Gomes Farias, 18, e os irmãos gêmeos William de Souza Campos, 19, e Wellington de Souza Campos, 19, que foram conduzidos para a sede da DRCO.
O quinto preso, Miquéias Azevedo da Costa, 25, está internado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, onde recebeu e assinou o documento da ordem de prisão apresentada pelos policiais e já está na condição de preso de Justiça. Ele se recupera de uma cirurgia, realizada há duas semanas, depois de ter recebido oito tiros, dois deles no peito, disparados por rivais. Na ocasião, o irmão de Miquéias também foi alvejado a tiros e morreu. Os outros dois envolvidos com o grupo - Max Abílio Pinheiro da Silva Junior, 23, e Williams Leal do Nascimento, 26, estão foragidos.
De acordo com o delegado Raphael Cecim, titular da DRFV, as investigações duraram cerca de dois meses. O trabalho investigativo, que também contou com a coordenação do delegado Cleiton Costa, da DRFV, levou a equipe policial a identificar todos os envolvidos com a associação criminosa, desde os autores dos roubos dos veículos até os responsáveis em falsificar documentos e adulterar placas dos carros e motos, para revendê-los no interior e fora do Estado.
As investigações tiveram início, segundo detalha o delegado André Costa, diretor da DRCO, logo após o roubo de uma moto, em Ananindeua. Na ocasião, um dos envolvidos no crime foi identificado. No decorrer da apuração do crime, a equipe da DRFV identificou os comparsas do criminoso e se chegou à conclusão de que se tratava de uma associação criminosa responsável por roubar e adulterar veículos roubados. Os crimes eram praticados, em grande parte, na cidade de Ananindeua, mas a atuação do bando era em toda Grande Belém.
Conforme o delegado Raphal Cecim, os bandidos agiam em número de três. Eles circulavam pelas ruas, em carros ou motos, à procura de vítimas, em geral, em situação de vulnerabilidade. "Geralmente, os assaltos ocorriam quando a vítima chegava em casa ou estava estacionada em via pública dentro do carro", detalha.
Assim, os criminosos se aproximavam do veículo e um deles fazia a abordagem com arma na mão, mandado as vítimas saírem do veículo e entregarem as chaves. As investigações mostraram que os assaltos eram cometidos por Luan, Diego e os gêmeos William e Wellington. Já o foragido Max Abilio atuava como piloto dos bandidos. Por sua vez, Miquéias era quem fornecia as armas usadas nos crimes e também quem matinha os contatos com receptadores dos veículos roubados.
O outro envolvido com o grupo, Williams Nascimento, é o responsável em falsificar documentos e adulterar os sinais identificadores dos veículos, que assim, eram revendidos com dados adulterados para outras pessoas. Dentre os presos apresentados na DRCO, Luan Cristiano já estava preso no Sistema Penitenciário, há mais de um mês, quando participou da tentativa de roubo de uma moto, cuja vítima foi uma policial militar, no bairro da Cidade Nova, em Ananindeua. Na ocasião, a vítima reagiu ao assalto e conseguiu ajudar na prisão de Luan, que foi identificado, nas investigações, como um dos integrantes do grupo. Os presos são acusados, ainda, de participação em crimes de latrocínio e de uma tentativa de latrocínio, em Ananindeua.
Conforme o delegado Raphael Cecim, o grupo é investigado por envolvimento em, pelo menos, 15 roubos de veículos na Grande Belém. Destes casos, eles foram identificados em quatro ocorrências. As investigações serão aprofundadas para se chegar ao paradeiro dos foragidos e à localização dos veículos roubados, e ainda de outros crimes cometidos pela associação criminosa. Qualquer denúncia sobre o paradeiro dos foragidos ou mesmo de envolvimento de algum dos presos em outros crimes deve ser feita imediatamente ao telefone 181, o Disque-Denúncia. A ligação tem sigilo garantido.