Sespa e Sesma promovem ação para o controle da dengue em Belém
Com objetivo de fortalecer as ações de combate à dengue no Estado, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) tem trabalhado em conjunto com os 144 municípios paraenses, principalmente nas localidades onde há maior número de casos confirmados. Na capital, por meio dos Departamentos de Controle de Doenças Transmissíveis por Vetores e de Endemias, a Sespa iniciou uma série de atividades que estão sendo realizadas juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma).
As ações se concentram nos bairros da Pedreira, Sacramenta, Guamá, Cidade Velha e Marco. Os agentes envolvidos nos trabalhos foram capacitados sobre o uso de “Dragnet” (Aerossysten) - inseticida de combate ao mosquito transmissor da dengue. Eles também receberam orientações teóricas e práticas para o aperfeiçoamento do controle vetorial.
A coordenadora estadual do Programa de Controle da Dengue, Aline Carneiro, explicou que, por se tratar de bairros com mais casos notificados, a operação visa reduzir o índice de infestação. “Estamos intensificando a borrifação intradomiciliar e a extradomiciliar. A ideia é controlar a doença nestes bairros, que representam o maior risco na capital”, explicou.
Desde o ano passado, o Ministério da Saúde adotou uma nova classificação para casos de dengue, sendo ela: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave, em substituição à classificação anterior: dengue clássico, dengue com complicações e dengue hemorrágico.
Até o dia 30 de março deste ano foram confirmados 638 casos de dengue em todo o Estado. Os dados fazem parte do terceiro Informe Epidemiológico. Os números estão bem abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado, quando 1.411 pessoas já haviam sido oficialmente diagnosticadas com a doença somente no primeiro trimestre, o equivalente a uma queda de 54%.
Os municípios com maior incidência de casos confirmados neste ano são: Belém (214), Altamira (128), Senador José Porfírio (58), Ponta de Pedras (28), Parauapebas (26) e Marabá (16). Nenhum óbito foi confirmado neste ano em decorrência da dengue. Já em 2014 foram registradas quatro mortes pela doença no Pará, sendo uma de uma pessoa residente em Oriximiná (ocorrido em São Luís), outro em Altamira e os demais residentes em Ananindeua e em Vitória do Xingu.
O vírus da febre chikungunya, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, também está controlado e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em 2015, dois casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém. No ano passado 16 casos foram confirmados, todos em turistas oriundos da Guiana, Caribe e Oiapoque, que manifestaram sintomas durante passagem pela capital paraense e que evoluíram para a cura, mediante assistência da Sesma com apoio da Sespa.