Encontro destaca papel dos catadores na destinação do lixo
Com a questão do descarte adequado de lixo no centro das discussões, o trabalho de catadores e cooperativas ganha visibilidade. E quanto mais organizada a categoria for, maior será o ganho para trabalhadores, a sociedade e o meio ambiente. O debate sobre o tema dominou o Terceiro Encontro Estadual de Catadores e Catadoras para Organização e Fortalecimento das Redes, realizado nesta quinta-feira (28), em Belém.
Representantes de diversas cooperativas e instituições participaram da solenidade de abertura. Ana Cunha, titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), ressaltou que a “função de um catador é fundamental para a preservação do meio ambiente, e esse encontro é para que ele melhore. Talvez nem vocês tenham noção do quanto são importantes para a coletividade. Eu acredito em vocês, e sei que precisam de apoio”.
O evento faz parte do Projeto Pró-Catador, que a Seaster mantém com o Ministério do Trabalho (MT), por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária. O diferencial deste encontro é que ele foi voltado às redes do Estado. “Nós temos três grandes redes, que têm a participação de 76 municípios. E o governo do Estado está apoiando, através da Seaster, dando prosseguimento às etapas do Pró-Catador. As próximas são 12 oficinas regionais e a implantação dos centros de triagem. Esse é um grande programa, que prevê que pelo menos oito municípios tenham um espaço estruturado para fazer essa catação”, esclareceu Everson Costa, secretário adjunto de Trabalho, Emprego e Renda.
De acordo com o secretário, os equipamentos para a montagem desses espaços já foram adquiridos, e a estruturação deve iniciar ainda em 2017. “A ideia do encontro é que eles possam se fortalecer, verificando as prefeituras que ainda não atendem ao Pró-Catador, quais unidades da rede que ainda precisam se organizar, e a capacidade que eles têm de se mobilizar a nível estadual”, completou Everson Costa.
Representante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis do Pará, Maria Trindade ressaltou que o momento era para trocar experiências e buscar fortalecimento. “Não devemos nos envergonhar. Temos que sair para buscar nossos direitos. Estamos aqui para aprender e compartilhar nossas dificuldades”, declarou Maria Trindade
