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Música clássica comemora os 150 anos do Grêmio Literário Português no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/09/2017 00h00

Uma noite de música portuguesa e brasileira executada pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) regida pelo maestro português Cesário Costa, convidado especialmente para o evento, e o maestro titular Miguel Campos Neto, comemorou os 150 anos do Grêmio Literário Português. O evento foi uma promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e Academia Paraense de Música (APM), em parceria com o vice-consulado de Portugal e Instituto Camões e patrocínio do Grêmio Literário Português. O evento contou com a presença do embaixador de Portugal no Brasil, Jorge Tito de Vasconcelos Nogueira Dias Cabral.

O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves Fernandes, explicou que é do encontro das diversas formações culturais que se faz a alma de cidades como Belém e de estados como o Pará. Pare ele, o Governo está contribuindo para reforçar os laços simbólicos de troca de conhecimento entre Portugal e o Pará. “Cada vez mais lusitano e cada vez mais paraense é o clube Grêmio Literário Português, que está de Parabéns”, comentou.

O maestro Português Cesário Costa falou do privilégio que é estar na Amazônia e comemorar a amizade Brasil/ Portugal. “Descobrir uma nova orquestra, jovem, cheia de energia, uma orquestra com vontade de fazer música, é um prazer muito grande”, explicou.

O maestro também comentou que sempre ouviu falar da importância do Theatro da Paz na Amazônia, que é dotado de uma grande beleza acústica. “Reger uma nova orquestra em um espaço como este é a melhor forma de poder unir os dois povos irmãos para comemorar, através da música, a amizade. Estamos unindo a música sinfônica portuguesa e a brasileira e divulgando a cultura portuguesa em conjunto com músicos brasileiros”, destacou.

Cesário Costa é um dos mais ativos maestros portugueses da sua geração. Vencedor do III Concurso Internacional Fundação Oriente para Jovens Chefes de Orquestra, em 1997, foi desde então convidado para dirigir inúmeras formações nacionais e estrangeiras. Esta é a primeira vez que o maestro de Portugal vem à capital paraense para participar de um concerto.

O seu repertório estende-se do barroco ao contemporâneo, incluindo mais de 130 obras em estreia absoluta. Além de dirigir orquestras, o maestro também é professor em várias instituições. Ele já se apresentou em países como a Espanha, França, Andorra, Alemanha, Escócia, Bélgica, Inglaterra, Itália, Dinamarca, Suécia, Macedônia, Polônia, Letônia, Romênia, Albânia, Malásia, Brasil, México, Cabo Verde, China, Turquia, Sérvia, Rússia, Argentina e Canadá, tendo sempre a preocupação de divulgar a obra dos compositores nacionais nos programas que apresenta.

Ele tem em seu currículo atuação em formações como a Royal Philharmonic Orchestra, a Orquestra Sinfónica de Nuremberg, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Filarmónica da Macedônia, a Orquestra Filarmónica de Roma, a Filarmonia Sudecka (Polônia), a Filarmonia Rzeszów (Polônia), a Orquestra de Extremadura (Espanha), a Orquestra Sinfónica de Múrcia, a Orquestra Sinfónica de Liepaja (Letônia), a Orquestra de Câmara da Rádio Romena, a Berliner Symphoniker e a Orquestra Sinfónica Nova Rússia.

O maestro da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, que regeu a orquestra junto com o maestro convidado, destacou que o concerto teve a grandeza que merece o Grêmio Literário Português. “Eles tem uma presença tão forte na nossa sociedade que merecem uma grande festa como esta. É o concerto da amizade”, parabenizou.

O concerto teve as obras “Te Deum: abertura para duas orquestras”, de Sousa Carvalho (1745-1798); “Nocturno”, de Antônio Fragoso (1897-1918); “Variações sobre um tema alentejano”, de Braga Santos (1924-1988); “Suíte Alentejana nº 1: Fandango”, de Luís de Freitas Branco (1890-1955); com a regência de Cesário Costa; além da abertura da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes (1836-1896); O trenzinho do caipira, de Villa-Lobos (1887-1959); Uirapuru, de Waldemar Henrique (1905-1995) e Batuque, de Oscar Lorenzo Fernández (1897-1948), com a regência de Campos Neto.

O concerto teve resposta do grande público, que compareceu ao Da Paz para a comemoração. O servidor público aposentado Dionísio Couto, 89 anos, destacou que o espetáculo é a confraternização do amor que o povo português tem pelo povo brasileiro e pelo paraense. “O Grêmio está de parabéns, eu frequento o clube porque é um lugar que une a família brasileira, paraense e a portuguesa". A comemoração segue nesta sexta-feira, 29, na sede do Grêmio Literário Português.