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Feira do Livro celebra os 120 anos da imigração japonesa no Brasil

Por Redação - Agência PA (SECOM)
20/04/2015 17h29

De 29 de maio a 7 de junho, o Hangar Convenções e Feiras da Amazônia recebe a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro, que este ano terá como país homenageado o Japão e patrono, o escritor Ariano Suassuna, morto no ano passado. O evento vai ocupar uma área total de 24 mil metros quadrados, que vão receber, entre outros, 219 estandes, 448 editoras, com 37 participando diretamente, e oferecer 96 mil títulos, além de Espaço Infantil, praça de alimentação e auditórios.

A escolha do país homenageado celebra a imigração japonesa no Brasil, iniciada no século XX, com a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre os dois países. “Este ano vamos comemorar os 120 anos do processo migratório do Japão para o Brasil, especialmente em três Estados: Pará, Paraná e São Paulo, que receberam essa leva migratória de forma mais intensa, com uma rica contribuição para a história, agricultura, comércio, cultura e indústria”, explica o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves.

O autor homenageado, por sua vez, era um velho conhecido dos frequentadores do evento. “Ariano Suassuna veio seis vezes à Feira Pan-Amazônica do Livro. Era um entusiasta do trabalho que fazemos aqui”, ressalta o secretário. Com uma programação voltada para a valorização da cultura, a feira vai receber, no Encontro Literário, escritores locais como Paulo Nunes, João Carlos Pereira, Juraci Siqueira, Claudio Cardoso, Luciana Brandão, Giselle Ribeiro, Nilson Oliveira e Vasco Cavalcante, além dos jornalistas Paulo Silber e Marcelo Damaso.

Entre os escritores nacionais estão Daniel Munduruku, José Castello, Rodrigo Lacerda, Stella Maris Rezende, Cristiano Mascaro, Ignácio de Loyola Brandão e Oscar Fussato Nakasato. A previsão é que 120 autores locais passem pelo estande do Escritor Paraense, espaço cedido gratuitamente pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), onde escritores de vários municípios lançam livros, fazem sessão de autógrafos e promovem outros eventos que tornam o local uma grande vitrine da produção literária local. Haverá também um espaço dedicado à Literatura de Cordel.

Debates – Outra programação confirmada é o seminário “Mário de Andrade e o Modernismo no Brasil”, que vai lembrar os 70 anos da morte do escritor que deixou registros da forte relação que desenvolveu com a cidade de Belém e sua cultura, explica a diretora de Cultura da Secult, Ana Catarina Brito.

Com relação às oficinas ministradas durante a feira, que a cada ano recebem uma demanda crescente, a diretora garante que o público já pode ir se preparando. “Vamos receber Maurício Leite, que traz o seu trabalho de fomento à leitura, direcionada a bibliotecários, arte educadores e professores”, diz, acrescentando as oficinas sobre a cultura japonesa: Taiko (tambor japonês), Shuji (caligrafia japonesa) e dança japonesa, entre outras. Também estarão presentes o projeto Biizu, da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), o Navega Pará, com oficinas como Introdução à Robótica, e a escritora Stella Maris, com as “Letras Mágicas”.

O Cred Livro, criado pelo governo do Estado para estimular o acesso à leitura e também a valorização do servidor, libera este ano, durante a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro, um crédito de R$ 200 para aquisição de livros, que podem ser adquiridos durante o evento e também nos salões que ocorrem em Santarém e Paragomina. O recurso vai beneficiar um total de 20 mil servidores da educação no Pará.

Para atender aos usuários do Cred Livro, durante toda a feira estará instalado um posto do Banco do Estado do Pará (Banpará) na Sala Multiuso do Pavilhão de Feiras do Hangar. “O desafio, este ano, é alcançar o maior número de pessoas, e que elas usufruam desse benefício”, destaca a diretora de Cultura da Secult. Em 2014, a Feira Pan-Amazônica do Livro recebeu cerca de 400 mil pessoas. Ao longo de dez dias, atingiu a marca de 880 mil livros vendidos e movimentou mais de R$ 16 milhões em negócios.