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Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz apresenta concerto de músicas francesas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/04/2015 15h27

Nesta quinta-feira, a partir das 20h, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) apresenta o concerto “Uma noite francesa”, com entrada franca. No repertório, obras de Claude Debussy (1862-1918) e Maurice Ravel (1875-1937). “Nos seus 19 anos, a OSTP ainda não tinha feito homenagem à música francesa, e vai trazer a todos o que há de mais expressivo no período impressionista: Ravel e Debussy”, diz o diretor artístico da orquestra, Gilberto Chaves.

No programa deste concerto, obras importantes dos dois compositores, como “La Mer” e o “Prélude à l'après-midi d'un Faune (Prelúdio à tarde de um Fauno)”, de Claude Debussy, a “Suíte Daphnis et Chloé nº 2” e “La Valse de Ravel”, além do “Bolero”, música que ficou ligada pra sempre ao nome de Ravel. Um repertório especial, cheio de coloridos sonoros, sinestesias, e pontuado pela fluidez da dança, já que quase todas as obras também já foram coreografadas e apresentadas como balés, pelo mundo afora.

“Para a execução deste repertório, a OSTP conta com 22 instrumentistas convidados, totalizando mais de 80 músicos no placo, para se chegar à orquestração original escrita pelos compositores. Entre eles, a harpista Sílvia Ricardino, de São Paulo, e o oboísta Moisés Pena, radicado em Belo Horizonte, músico da prestigiada Orquestra Filarmônica de Minas Gerais”, explica a gerente de Música, Marianne Lima.

Impressionismo – A vertente artística, surgida no século XIX, teve suas criações de maior destaque na área da pintura, com grandes nomes como Claude Monet e August Renoir, na literatura, misturando-se ao movimento simbolista, com os poetas Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine, e na música, com os compositores Claude Debussy e Maurice Ravel.

Os músicos começaram a se inspirar em conceitos da arte impressionista por volta de 1890, na França. Seguindo a influência simbolista, movimento muito relacionado à literatura daquela época, os compositores buscavam descrever imagens, tanto que várias obras receberam nomes relacionados a paisagens, como Reflexos na água, de Debussy.

Considerado o pai da música moderna, Debussy foi a principal influência do movimento impressionista na música. Suas atitudes reivindicadoras proporcionaram uma mudança no gosto público que, ao se libertar dos tratados de harmonia e composição, começaram a apreciar a música conforme ela chegava aos seus ouvidos.

O francês criou um sistema de acordes isolados, libertando-se da dureza e frieza que regia a tradição musical quanto à harmonia. Os acordes de Debussy tentam remeter às mesmas pinceladas que Monet e outros pintores impressionistas aplicavam sobre telas. Devido a esse trabalho, o músico foi aclamado como impressionista. A OSTP selecionou para apresentação o poema sinfônico “La Mer”, que descreve o mar.

Maurice Ravel é outro grande nome do Impressionismo. A princípio ele seguiu as ideias debussistas, mas sempre mostrou uma personalidade bastante forte. Exímio orquestrador, grande criador de melodias, Ravel era um compositor que buscava da perfeição. Depois de compor inúmeras obras-primas impressionistas como “La Valse”, “Daphins et Chloé” e “Pavane pour une infante défunte”, voltou-se, no final da vida, a uma estética mais clássica. Uma das grandes inspirações de Ravel e de Debussy foi a Espanha.

Serviço: concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz “Uma noite francesa”, quinta-feira, 23, às 20h, no Theatro da Paz (Avenida da Paz, s/n, Campina). Informações: (91) 4009-8766 e 4009-8754. Entrada franca, com retirada de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h do dia evento.