Inflação na região metropolitana de Belém foi de 1,24% em março
A inflação na Região Metropolitana de Belém (RMB) em março deste ano ficou em 1,24%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa). Apesar do recuo de 0,09 ponto percentual em relação a fevereiro – cujo índice foi de 1,33% –, o consumidor paraense continuou sentindo aperto no bolso com os grupos de alimentação e bebidas e vestuário, os dois que mais sofreram impactos no período.
"O grupo Alimentação e Bebidas sofreu variação de 2,1% e foi o que mais influenciou na taxa de 1,24% da inflação em março na RMB, por representar 34% dos custos da renda familiar", destaca a coordenadora da Fapespa responsável pelo IPC, Maria Augusta Pereira. O estudo mostra que o consumo de peixes e crustáceos cresceu 5,22% em março, em função do feriado da Semana Santa.
Entre outras influências desse grupo, estão os tubérculos e raízes, com alta de 10,63%. Só a cebola teve um destaque de 21,98%; hortaliças, leguminosas e verduras, 11,41%; o tomate foi responsável por 18,23% do índice. Segundo o IPC, esses alimentos sofreram acréscimo por diversos fatores, entre eles a problemática da crise hídrica que o país vem sofrendo, que impacta na produção das lavouras.
Apesar do grupo Vestuário não ser considerado bem de primeira necessidade, o acréscimo de 2,48% também pressionou o orçamento do consumidor no mês de março. As roupas masculinas foram o item com maior aumento, de 1,2%, seguidas das infantis (1,05%) e femininas (0,75%).
Com o objetivo de ampliar e fortalecer o IPC no Estado, a Fapespa já iniciou entendimentos com a Prefeitura de Santarém, no oeste paraense, para firmar acordo de cooperação técnica para elaboração do índice no município.