Seduc reforça que aulas serão retomadas a partir da próxima semana
O encontro realizado na tarde desta sexta-feira, 24, entre as secretárias adjuntas de Educação, Ana Cláudia Hage; de Gestão de Pessoas, Rosângela Pires; e gestores de 40 unidades administrativas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) referentes à Região Metropoltiana de Belém e demais regiões do interior do Estado, definiu detalhes do planejamento que resultará na retomada das aulas na rede pública estadual de ensino, a partir da próxima semana. Atualmente, 1.054 escolas atendem a cerca de 700 mil estudantes, no sistema de ensino estadual.
A estratégia anunciada pela Seduc é de contratar professores temporários para substituir os professores em greve. “Na segunda-feira, todos os alunos já devem estar comparecendo as suas escolas, para retornarem as suas atividades, em Belém e interior do Estado”, destacou Ana Cláudia Hage.
A reunião com os gestores das USEs e UREs foi para orientar e realizar o levantamento das necessidades de carga horária e realocação de mão de obra. “Estamos contratando professores para a retomada do ano letivo. As escolas estão, inclusive, com merenda escolar garantida. Então, é importante que o aluno já se encaminhe direto para a escola na segunda-feira”, declarou a secretária Ana Cláudia Hage. O ano letivo da rede pública foi iniciado no dia 09 de março e interrompido no dia 25 do mesmo mês, em virtude da deflagração do movimento grevista dos professores estaduais.
Na última quinta-feira, 23, o governo do Estado ampliou a proposta apresentada aos professores: além do pagamento do piso, a Seduc aumentou propos aumentar para 70 horas aulas suplementares a jornada, que chega a 284 horas por mês, garantindo assim que a remuneração inicial do professor fique em R$ 5.525,54, com capacidade para chegar a R$ 8.840,10, quando acrescidas de vantagens pessoais.
Na semana passada, a Justiça já havia declarado a abusividade da greve dos professores. “O Estado tem feito um esforço num sentido maior que a remuneração, observando uma carga horária que pode ser cumprida, sem prejudicar a qualidade do ensino. A questão não é financeira. É de qualidade do ensino. Lamentavelmente, o sindicato insiste em querer manter cargas horárias superiores a 300 e até mesmo 400 horas por mês, o que gera uma jornada diária, no mínimo, acima de doze horas de trabalho. Isso não é bom para o profissional e é ainda pior para o aluno, que certamente terá um rendimento do professor em sala de aula abaixo do esperado”, declarou o titular da Seduc, Helenilson Pontes.