Programa da Seduc trabalha nas escolas a defesa dos direitos do idoso
Em 2014, o programa Educação e Envelhecimento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) formou 715 professores da rede estadual de ensino com o objetivo de trabalhar a conscientização sobre o envelhecimento nas escolas. Uma das diretrizes do programa é atuar na prevenção à violência contra ao idoso e à alfabetização, por meio do projeto Mova. Para 2015 a expectativa é que o numero de professores formados chegue a mil.
“Os alunos adolescentes devem saber que um dia vão envelhecer, e por isso conscientizá-los sobre os direitos do idoso é fundamental. Hoje em dia, vemos em muitos lugares casos tristes de violência contra o idoso. Muitas vezes os agressores são os próprios parentes”, diz a coordenadora do programa, Walquiria Cristina.
Em parceria com a Seduc, o Conselho Municipal do Idoso de Belém fez, na semana passada, a primeira Sessão Plenária Distrital envolvendo os distritos de Icoaraci, Mosqueiro e Outeiro, com o tema Educação Pró-humanização para a Sensibilização dos Direitos da Pessoa Idosa. “Estamos nos esforçando para que a sociedade seja cada vez mais conscientizada sobre o estatuto, e é por meio da educação que vamos conseguir alcançar esse feito”, afirma o presidente do conselho, Gregory Sanches.
Valorização – Na oportunidade foi homenageada a poetisa belenense “Vovó Naná”, de 88 anos e com oito obras publicadas. O Grupo Folclórico da Terceira idade de Outeiro também participou. O projeto existe há dez anos, e no mês de junho promove o Festival Folclórico de Dança Regional. O grupo funciona como cooperativa, e por meio de oficinas as integrantes confeccionam biojoias, mantos e roupas.
“A intenção é elevar a autoestima das idosas, e que elas possam gerar renda com os produtos confeccionados por cada uma”, explica Jamil Rebelo, voluntário do projeto. Atualmente, fazem parte do grupo 60 idosas, e a expectativa é que outras localidades sejam visitadas pelo movimento, para expandir o projeto. Solange Simões é coordenadora da Administração Regional do Outeiro (Arout), que está junto ao projeto desde a criação. “Apoiamos grupos de diversos seguimentos e vemos que os idosos precisam de atenção”, diz.
A dona de casa Maria Nelzete Ribeiro, 65 anos, é líder comunitária. A idosa participa do grupo folclórico desde o começo. “A experiência é muito boa, eu me sinto muito bem com os trabalhos que desenvolvo”, afirma. “A gente não tem tempo de pensar coisas ruins. Rejuvenesci uns 20 anos”, complementa. Segundo Gregory Sanches, outros debates serão feitos. O próximo está marcado para 11 de junho, em Mosqueiro. (Com a colaboração de Kevin Padilha)
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