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Arcebispo emérito dom Vicente Zico é sepultado na Catedral de Belém

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/05/2015 19h31

O corpo do arcebispo emérito de Belém, dom Vicente Joaquim Zico, foi sepultado na tarde desta quarta-feira, 6, na Catedral Metropolitana de Belém, no bairro da Cidade Velha. Os fiéis prestaram as últimas homenagens àquele que ficou conhecido como um exemplo de fé para o povo católico paraense. Dom Zico começou a ser velado na segunda-feira, 4, na própria Sé. Autoridades como o governador Simão Jatene, acompanhado da primeira-dama, Ana Jatene, compareceram ao velório.

Nesta quarta-feira, ocorreu a celebração das Exéquias (liturgia cristã dos funerais) com cânticos e uma procissão em torno da Praça da Sé. A última missa antes do sepultamento foi celebrada pelo arcebispo metropolitano, dom Alberto Taveira. “Pude ver as virtudes humanas e cristãs dele, sua piedade, seriedade e dedicação. A mensagem que fica é a figura dele, e o convite a todos nós que continuemos com os exemplos que ele deixou, pois foi um homem que viveu para Deus e por causa de Deus, e aprendeu a servir e amar todas as pessoas”, disse.

Dom Zico foi sepultado ao lado do antecessor, dom Alberto Ramos, no altar que fica do lado direito da catedral. Durante a cerimônia, ao lado da sepultura estava o irmão do religioso, Luiz Zico, 86, que veio de Minas Gerais para o enterro. Ele falou dos últimos momentos que passou ao lado do arcebispo emérito. “Nossa família fez a última vontade dele. Ele me chamou e disse: ‘Quero ir para Belém, pois minha casa é lá’. Então entendemos que ele queria entregar a alma a Deus aqui em Belém, e fizemos isso”, contou, emocionado.

A Igreja da Sé ficou lotada. Alguns fiéis ficaram do lado de fora. As demonstrações de carinho do povo impressionaram os padres e bispos da igreja. “É uma manifestação muito bonita. Realmente isso é impressionante, pois demonstra o quanto ele é querido e como foi positiva a passagem dele nessa terra. Ele merecia isso, e o povo demonstrou esse grande afeto por ele”, acrescentou o padre Bruno Secchi, do Movimento República de Emaús.

Arlete Nepomuceno Cavalcante, ministra extraordinária da Comunhão da Arquidiocese de Castanhal, no nordeste do Estado, veio a Belém somente para se despedir de dom Zico. Ela também relembrou os momentos que passou ao lado do arcebispo. “Vou levar os ensinamentos dele para o resto da vida. Ele sempre foi presente na nossa arquidiocese, e só posso dizer que ele é um santo, um verdadeiro santo. Hoje ele só está mesmo partindo para a eternidade porque santo ele já é”, afirmou.

Dom Vicente Zico nasceu em 27 de janeiro de 1927, em Luz, Minas Gerais. Foi nomeado arcebispo coadjutor de Belém pelo papa João Paulo II em 1980, exercendo o cargo até 1990, quando sucedeu dom Alberto Ramos, que se aposentou, aos 75 anos. Dom Zico renunciou à Arquidiocese em 2002. A renúncia foi aceita em 2004, quando foi nomeado arcebispo emérito. O religioso acompanhou o trabalho dos arcebispos dom Orani João Tempesta, que o sucedeu na Arquidiocese de Belém, e dom Alberto Taveira, que ocupou o cargo após dom Orani ser nomeado cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro.