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Debate reúne especialistas em mineração e sociedade civil na FIPA

Por Redação - Agência PA (SECOM)
08/05/2015 16h38

Um público diversificado e participativo esteve presente na manhã desta sexta-feira, 8, no Hangar, para debater sobre o "Plano de Mineração do Pará como Instrumento para o Desenvolvimento Sustentável". O talk show fez parte da programação da XII Feira da Indústria, que segue até este sábado, 9. As discussões analisaram o Plano a partir da visão do governo do Estado, das empresas mineradoras, dos municípios mineradores e do olhar da sociedade civil. O Pará é, atualmente, o segundo maior Estado minerador do Brasil.

O Plano de Mineração do Estado foi apresentado pela secretaria adjunta de desenvolvimento econômico, mineração e energia, Maria Amélia Enríquez. O debate foi realizado logo em seguida e contou com a participação do prefeito de Canaã dos Carajás, Jeová Andrade; do gerente de sustentabilidade da Votorantim Metais, Sérgio Oliveira; e do Gerente de Infraestrutura Inteligente do Programa Brasil da The Nature Conservancy (TNC), Márcio Sztutman. O mediador foi o deputado federal Arnaldo Jordy, que também é membro da Câmara de Minas e Energia.

Depois do evento, a secretária adjunta Maria Amélia avaliou o debate. “Conseguimos ter a percepção de vários atores nessa área de desenvolvimento e a necessidade de que o poder público do estado lidere esse projeto de convergência desses diversos interesses para uma estratégia de desenvolvimento”.

Márcio Sztutman, da TNC, também avaliou o evento positivamente. Para ele, o Plano de Mineração do Pará precisa chegar às regiões prioritárias do Estado para que os benefícios, sobretudo as ações condicionantes associadas à implantação dos grandes projetos estruturantes ligado ao setor, tornem-se realidade para as comunidades da área de abrangência dessas ações. “Não apenas benefícios, mas melhorias que possam evitar impactos que algumas vezes são vistos e associados às atividades de mineração, sejam ambientais ou sociais”, complementou Sztutman.

Jeová Andrade ressaltou que o Plano de Mineração é, na verdade, um grande estudo feito nos municípios do Pará para tratar especificamente do assunto, dado o potencial mineral do Estado. A idéia é ouvir as comunidades das regiões que detém essa capacidade. “O minério é importante, mas a sociedade é muito mais importante do que qualquer jazida mineral”. Que os projetos possam trazer benefício direto a essa sociedade que vive em torno dos projetos de mineração”, explicou Andrade.

Lançado em abril do ano passado, o primeiro Plano de Mineração do Estado do Pará é uma ferramenta  de planejamento para o desenvolvimento do Estado a partir das oportunidades que a atividade mineral proporciona no âmbito do mercado, governança, sociedade e meio ambiente. Foi lançado pela antiga Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração, hoje Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).