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RELAÇÕES COMERCIAIS

Parceria com grupo argelino abre oportunidades ao setor produtivo paraense

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/05/2015 13h15

A recente viagem do governador Simão Jatene à Argélia, além de atrair investimentos para o Estado e garantir interatividade com o Grupo Cevital, daquele País, abre as portas do mercado europeu e do norte da África para o setor produtivo paraense. A aproximação com a empresa, líder africana na produção de alimentos e uma das maiores do mundo na produção e processamento de grãos, vem sendo alinhavada a partir de uma série de visitas às unidades produtivas do grupo, que continuam nesta semana. Ao todo, 25 empresas em diferentes segmentos, como produção de alimentos, óleos, logística e vidros planos, entre outras atividades, integram o conglomerado.

Os secretários Adnan Demachki (Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia) e Hildergardo Nunes (Desenvolvimento Agropecuário e Pesca) permanecem na Argélia, onde visitaram, na segunda-feira, 18, as unidades da Ceviagro, nos arredores da capital, Argel, e da Mediterranean Float Glass, na cidade de Blida, ambas do Grupo Cevital e que atuam, respectivamente, com a produção de frutas e legumes em escala industrial e a produção de vidros planos.

Para Adnan Demachki, ao mesmo tempo em que o governo do Estado busca proteger as empresas paraenses, inclusive com o encaminhamento de projetos de lei que elevam os prazos para concessão dos incentivos fiscais à Assembleia Legislativa do Pará, está sendo feito um trabalho para a prospecção de novas indústrias e investimentos para o Estado. Nesse sentido, Demachki aponta que a Cevital representa um exemplo do que se busca para o Pará nesse momento.

“Visitamos várias indústrias da Cevital, mas cito duas em especial. A primeira é a de açúcar, pois a Cevital importa açúcar bruto do Brasil, refina na Argélia, industrializa e vende para toda a Europa e África. O mesmo acontece com a soja. A Cevital compra soja do Brasil e industrializa na Argélia, produzindo margarina e óleo vegetal. Ou seja, o Brasil produz açúcar e soja pra gerar milhares de empregos na Argélia. Estamos trabalhando para que a soja que o Pará está recebendo do Mato Grosso gere empregos no Pará, com unidades semelhantes. Não devemos nos acomodar no sentido de semos apenas um corredor de exportação de soja in natura”, destaca Adnan.

“As visitas visam pactuar a ida do grupo Cevital para o nosso Estado. Porém, além de buscar atrair investimentos, também viemos observar o mercado. E constatamos a diversificação das atividades que o grupo tem na Argélia, o que permite para nós imaginarmos no Pará uma ação deste grupo muito além da atividade portuária e do esmagamento de soja, por exemplo. A experiência deles na área da hortifruticultura poderá nos ajudar na inovação tecnológica, mas também abrir mercado para produtos que existem em abundância no Pará e não são produzidos aqui, como abacaxi, cupuaçu, açaí, enfim, a nossa fruticultura tropical. É possível abrir um novo mercado, já que a Cevital possui negócios em toda África e na Europa, isso sem citar a carne bovina, uma vez que temos aqui um grande mercado consumidor e a Cevital já demonstrou interesse nesse sentido”, destaca Hildegardo Nunes.

O Brasil é um dos líderes mundiais na exportação de proteína animal e o cenário internacional é favorável ao Pará, dono do quinto maior rebanho bovino nacional, detentor de certificação de território livre de aftosa e com metade da produção disponível para exportação, uma vez que o mercado interno só absorve 50% da carne aqui produzida.

O governador Simão Jatene voltou a Belém no final da tarde de segunda-feira. Os secretários Adnan Demachki e Hildegardo Nunes retornam nesta terça-feira, 19.