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Crimes pela internet podem ser evitados com ações simples

Por Redação - Agência PA (SECOM)
20/05/2015 19h02

Um crime geralmente associado à curiosidade ou à distração do ser humano. Os golpes praticados pela internet ainda não têm um número exato no Pará, mas no Brasil, as operações fraudulentas geram um prejuízo anual superior a R$ 16 bilhões para as empresas privadas e o poder público. Normalmente, a popularidade dos smartphones e o aumento no número de aplicativos potencializam a capacidade de invasão de privacidade e roubo de dados pessoais, o primeiro passo para executar furtos e desvios pela internet.

Os números oficiais mostram que dois em cada três internautas já foram vítimas de crimes virtuais. A média é de que uma pessoa seja fraudada na internet a cada 18 segundos. “As redes sociais e a falta de entendimento sobre a utilização desses espaços por muitas pessoas faz com que crimes de difamação, calúnia e injúria, hoje muito recorrentes nas redes sociais, assumam o topo da lista entre as denúncias recebidas pelos órgãos de segurança”. A explicação é da diretora da Divisão de Repressão e Prevenção a Crimes Tecnológicos (DPRCT), da Polícia Civil do Pará, delegada Vanessa Lee.

Semana passada, uma operação coordenada pela DPRCT desarticulou uma quadrilha especializada em fraudes bancárias. A operação denominada “Máscaras” envolveu quase 70 policiais e resultou no cumprimento de 13 mandados de prisão e outros 17 de busca e apreensão em diversos bairros de Belém. As investigações duraram seis meses e a ação dos policiais teve início ainda na madrugada.

O órgão, criado há apenas seis anos pelo governo do Estado, é a prova clara de que, para vencer a inteligência de violação, é preciso investir na inteligência de proteção. Os vírus utilizados pelos golpistas evoluem a cada dia. Associada ao investimento tecnológico, as quadrilhas investem ainda no que a Polícia Civil chama de engenharia social, que nada mais é senão a investigação do cotidiano da vítima. “Quanto mais os criminosos souberem sobre o comportamento das vítimas, maior será a probabilidade de que a fraude tenha êxito”, explica Vanessa Lee.

Talvez por isso as vítimas mais frequentes são aquelas que menos poupam exposição nas redes sociais. “Não existem ferramentas eficientes a ponto de direcionar, com precisão, informações pessoais publicadas numa rede social apenas para quem temos interesse. Tudo o que se publica na internet, muito provavelmente estará, também, ao alcance de criminosos”, explica a delegada Vanessa Lee.

Conter a curiosidade também é um bom caminho para proteger os dados pessoais na internet. Não abrir qualquer email, duvidar de promoções mirabolantes e rejeitar benefícios gratuitos a partir de uma simples inscrição são atitudes fundamentais para evitar golpes pela internet. Outra recomendação importante é que computadores, notebooks e smartphones estejam sempre protegidos por sistemas de segurança e antivírus.

Algumas dicas de segurança

- Só utilize redes Wi-Fi confiáveis
- Opte por computadores ou dispositivos pessoais protegidos
- Utilize um antivírus para detectar e bloquear ameaças
- Mantenha o sistema operacional e as aplicações atualizadas
- Opte por sites de e-commerce com boa reputação
- Verifique a segurança do site
- Prefira cartões de crédito aos de débito
- Não participe de pesquisas que prometam prêmios e dinheiro
- Não forneça informações pessoais desnecessárias
- Desconfie de promoções incríveis
- Confira o movimento dos cartões de crédito e débito utilizados
- Senso crítico apurado em tecnologia ou apenas o velho bom senso