Definidas medidas para construção da primeira Unidade Pro Paz fluvial
Na próxima quarta-feira, 27, um grupo formado por representantes de órgãos do Governo do Estado, município e iniciativa privada, vai à região do Marajó com o objetivo de fazer um levantamento sobre as necessidades das comunidades locais para a construção da primeira Unidade Integrada Pro Paz (UIPP) fluvial, a ser baseada na área conhecida como "Antônio Lemos". A decisão da visita técnica, com passagem ainda nos municípios de Breves e Melgaço, foi definida na manhã desta sexta-feira (22), em reunião na Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).
“É preciso termos atitudes expressivas com o intuito de articularmos soluções para os problemas relacionados a essa região”, alertou a secretária Extraordinária de Integração de Políticas Públicas, Izabela Jatene. Durante a reunião, os órgãos representantes analisaram geograficamente a área do arquipélago para identificar estratégias no combate ao tráfico de drogas e armas, exploração sexual infantil, assaltos, roubos e ações de pirataria. Segundo os números da Segup, até o dia 15 de maio deste ano 13 ocorrências de roubos a embarcações foram registradas nos rios do Pará, sendo que a cidade de Breves surge com três casos desse total.
Esta é a segunda reunião do grupo de trabalho formado por várias secretarias, órgãos, entidades sindicais e empresas do setor da navegação, entre as quais Segup e secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa), de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), da Fazenda (Sefa), de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e de Transportes (Setran). O encontro estabeleceu metas no sentido de identificar o quantitativo de pessoas necessárias para a implantação das ações da nova UIPP, além da estrutura física adequada, custo de execução e a necessidade da aquisição de equipamentos que possibilitem o planejamento operacional.
Segundo informações apresentadas no encontro, existe um grande fluxo de embarcações de médio e grande porte, na área do estreito de Breves, por onde transita a maior parte das embarcações que se deslocam entre Santarém, Belém, Manaus e Macapá. “O maior fluxo de acesso na região é por meio das águas. Isso dificulta a logística de locomoção, porque depende restritamente do transporte náutico. Por isso, é fundamental a construção de uma base com ponto estratégico”, explicou o diretor do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu), delegado Dilermando Dantas.
Os resultados preliminares terão como base as informações dadas pelos representantes dos órgãos do Sistema de Segurança Pública, que apresentarão dados estatísticos e um diagnóstico. Esses resultados serão somados às informações captadas durante a visita técnica, na próxima semana, para estabelecer as próximas medidas.
