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Governador apresenta potenciais do Estado a empresários japoneses

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/05/2015 18h26

O governador Simão Jatene abriu o seminário “Pará, Terra de Oportunidades”, com a presença de cerca de 30 empresários, de mais de 20 instituições japonesas, que vieram ao Estado para conhecer de perto as potencialidades de investimento nos setores de alimentos processados, cadeia mineral, biocosméticos e logística, entre outros. O evento ocorreu na tarde desta sexta-feira (29), no salão do Palácio do Governo, com a participação do embaixador do Japão, Kunio Umeda.

Jatene destacou que o Pará é a melhor síntese da Amazônia, com muitas oportunidades e uma série de desafios. Ele também falou do interesse do Governo do Estado em atrair empresas que contribuam efetivamente para o desenvolvimento local, na geração de emprego e renda. “Queremos, cada vez mais, agregar valor aos nossos produtos primários e às nossas matérias-primas”, afirmou o governador. Para ele, esta é a fórmula para diminuir pobreza e desigualdade.

“O Pará é muito rico em recursos naturais, mas precisamos ser capazes de transformar esses recursos aqui mesmo. O minério de ferro, por exemplo, precisa ser transformado em produtos derivados, porque esse conjunto de indústrias gera emprego e renda, que aumentam a produção e garantem que se incorpore, cada vez mais, uma parcela da sociedade local no processo produtivo. Assim todos ganham”, explicou o governador, informando que o Estado busca empresas conscientes e com interesses que sirvam, ao mesmo tempo, aos empreendimentos e à sociedade.

O governador também apresentou dados que fazem parte da realidade paraense. O Pará integra uma região que representa 60% do território nacional, abrigando 13% da população e gerando 8% do Produto Interno Bruto (PIB). É, em contrapartida, um Estado que tem metade da renda per capta da média nacional – ou seja, menos de R$ 200 –, para atender os setores de saúde, educação, segurança, esporte, lazer e saneamento.

Rotas – No cenário promissor de investimento, foram destacadas as vantagens geográficas dos portos do Pará em relação ao porto de Santos, em São Paulo. Em relação ao Porto de Rotterdam, na Holanda, a partir do Pará, são 7.746 quilômetros, contra mais de dez mil quilômetros da cidade paulista. Em relação à Ásia, os caminhos também são mais curtos, tanto pelo Cabo da Boa Esperança quanto pelo Canal do Panamá, duas rotas com cerca de cinco mil quilômetros a menos até o Porto de Xangai, na China. Na logística interna, o Pará também conta com quase cinco mil quilômetros de estradas, interligando todas as regiões do Estado.

“No caso da produção de grãos, por exemplo, temos um custo menor de frete até os portos, clima estável, solo favorável e uma área de cultivo de grãos de 300 mil hectares, com capacidade de crescimento”, enfatizou Simão Jatene, que chamou a atenção para o tamanho e a conjuntura do território paraense. “Estamos em um território de mais de 125 milhões de hectares, tendo 88 milhões de hectares de cobertura vegetal, além de termos uma das principais esquinas do mundo, que é a convergência do Rio Amazonas com o Oceano Atlântico”, garantiu o governador, destacando ainda os projetos para expansão da malha ferroviária no Estado, cujos estudos estão em andamento.

Cooperação – O embaixador Kunio Umeda falou da aproximação entre os governos do Brasil e do Japão por ocasião da Copa do Mundo, no ano passado, e das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. Ele também destacou o estreitamento das relações econômicas do país com o Pará e agradeceu ao governo estadual por não medir esforços para fortalecer essas relações.

“Estamos muito felizes de estarmos nessa missão oficial aqui no Pará e termos a oportunidade de apresentar algumas das atividades desenvolvidas aqui para os empresários japoneses. Acreditamos que poderemos ter mais parcerias em diversos setores econômicos desse Estado, assim como tem acontecido com o açaí, que já faz parte do cotidiano dos Japão e pode ser facilmente encontrado em qualquer loja de comercialização de alimentos”, reiterou o embaixador.

Os executivos japoneses conheceram, na quarta-feira (27), a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), especializada no comércio e distribuição de polpa de frutas regionais. O grupo empresarial também visitou a propriedade rural de Kozaburo Mineshita, que trabalha com as culturas de cacau, cupuaçu, açaí e pupunha. Na quinta-feira (28), a comitiva foi a Barcarena, para conhecer as instalações e operações da Hydro Alunorte e Albras, empreendimentos industriais de mineração, e visitou o complexo portuário da cidade, considerado grande atrativo para que o Pará se estabeleça como a nova rota de exportação, com capacidade de escoamento de carga de até 2,5 milhões de toneladas de grãos por ano.