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Polícia Civil cumpre mandado de prisão preventiva contra falso policial

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/06/2015 09h53

A Polícia Civil de Breves, na Ilha do Marajó, com apoio de homens do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), cumpriu em Belém, no bairro do Jurunas, na noite desta segunda-feira, 15, o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça contra Pedro Junior Rodrigues Corrêa. Ele é acusado de se passar por soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), força tática da Polícia Militar do Pará, para atuar como instrutor de cursos táticos para policiais civis e militares, no Marajó. Ele vai responder por diversos crimes, entre os quais, estelionato, porte ilegal de arma de fogo (por ter manuseado arma no treinamento sem ter porte), usurpação de cargo público e uso de documento falso.

A prisão de Pedro Junior foi comandada pela delegada Renata Gurgel, da Superintendência da Polícia Civil na Região do Marajó Ocidental, sediada em Breves. Segundo a policial civil, no ano passado, o acusado chegou a ministrar um curso tático para agentes de segurança pública, entre eles, policiais.

Na ocasião, Pedro Júnior apresentou documentos falsos para enganar os coordenadores do curso. Com o andamento das investigações, a polícia descobriu que o acusado estava em Belém. Com isso, foi montada uma operação que contou com o apoio dos investigadores Diogo Torres, Cézar e Augusto, de Breves, além de policiais civis do GPE. O acusado foi conduzido para a Central de Triagem da Superintendência do Sistema Penitenciário, em São Brás, provisoriamente, até ser recambiado para Breves, onde responderá pelos crimes.

Polícia Civil investigou falso policial militar por mais de seis meses 

Segundo a delegada Renata Gurgel, as investigações tiveram início em novembro do ano passado, após ele ministrar um Treinamento Tático Avançado (CTTA), no Tiro-de-Guerra do Exército em Breves. Na época, detalha a policial civil, ele divulgou o treinamento, por meio de redes sociais, fez anúncio em jornal e tevê na região, distribuiu folders e divulgou no Quartel da PM e na Superintendência da Polícia Civil de Breves.

Mais de 20 pessoas, entre policiais militares, bombeiros militares e civis, agentes prisionais, integrantes do Exército, participaram do curso. Cada um pagou em torno de R$ 450 para frequentar as aulas práticas e teóricas. Ao final, certificados foram entregues aos concluintes. Ele se identificou como soldado Junior Corrêa, da Rotam, e que seria formado em um curso tático no exterior.

Ele usava fardamento de policial militar, andava armado e assim viajava sem pagar tarifa em embarcações na região. A delegada explica que, ao final do curso, ele passou a divulgar outro curso que faria em fevereiro deste ano, em Breves, voltado para policiais civis. Foi então que um investigador da Polícia Civil de Breves suspeitou da atitude dele e passou a investigá-lo até descobrir que ele não fazia parte de qualquer força tática da Polícia Militar do Pará, e que não havia participado de treinamento tático operacional. "Ele chegou a trabalhar em serviços gerais na PM, fazendo reparos, serviços de encanamento, entre outros", detalhou. Na época em que divulgou o outro curso, Pedro Junior desapareceu de Breves e não foi mais visto na cidade.

Após ser detido, ele foi ouvido em depoimento pela delegada e depois recolhido no Sistema Penitenciário, de onde foi transferido, no final da tarde, para Breves.