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Fórum reúne profissionais da rede de saúde mental em Belém

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/06/2015 16h45

Profissionais de saúde e assistência social participaram nesta quinta-feira (25), na Escola Técnica do SUS em Belém, do fórum temático “Diálogos em Saúde Mental”, que teve como objetivo integrar usuários, familiares, profissionais, gestores dos serviços de saúde mental dos municípios paraenses e demais interessados, através de discussões, debates, formulações de propostas e o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps).

Durante o fórum foi abordado o cuidado em saúde mental na atenção psicossocial, a importância da participação da família no cuidado, entre outras temáticas, sob a realização da Coordenação Estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

“Esses encontros favorecem a integração e a articulação dos diversos serviços, a fim de contribuir com o aperfeiçoamento da Rede de Atenção Psicossocial no Pará, por meio do atendimento às demandas e necessidades dos usuários de substâncias psicoativas nas regiões de atuação, com foco na manutenção dos vínculos sociais e familiares e na minimização do sofrimento psíquico”, explica a coordenadora estadual de Saúde Mental, Marilda Couto.

O evento objetiva um espaço de educação permanente, construído no coletivo, em que essa formação continuada possibilita a troca de experiências e uma abertura para a escolha de temas de interesse que permitam aos profissionais um melhor direcionamento na condução das situações vivenciadas na Rede de Atenção Psicossocial, um dos componentes principais da luta antimanicomial estabelecida no Brasil há 27 anos no intuito de suplantar a lógica dos hospitais psiquiátricos, denunciando abusos, maus-tratos e outras irregularidades ocorridas nesses dispositivos e ao mesmo tempo representando um processo de mudança cultural, política e de inclusão na sociedade.

Tendência nas demais regiões do país, os modelos atuais de fóruns de saúde mental privilegiam debates em torno dos direitos humanos, agregando legitimidade, direitos e cidadania no intuito de diminuir a possibilidade que o estar nesses grupos diversos signifiquem sofrimento, exclusão e constrangimento. As discussões também levam em conta questões étnicas, da sexualidade, do gênero e das culturas diversas, que têm sido alvo de constantes ataques, o que estaria causando um mal estar na sociedade, ou seja, o sofrimento psíquico tem sido uma ameaça às pessoas que vêm sendo oprimidas por serem negras, indígenas ou LGBT.

Um dos destaques do fórum foi a participação do palhaço e médico Vitor Nina, profissional que atua no programa Consultório na Rua, política nacional promovida em Belém pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Nina também é um dos coordenadores artecientíficos da Trupe da Procura, projeto do Núcleo de Artes e Imanências em Saúde (Naris) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Ele falou sobre o Projeto República do Cuidado, que consiste em atividades facilitadas pelo grupo de teatro e saúde Trupe da Procura, então oferecidas pelo coletivo Embalando a Rede, que congrega serviços de saúde, artistas, grupos e movimentos sociais relacionados à Saúde em geral e, mais especificamente, à saúde mental, tais como alguns Caps e o Movimento de Luta Antimanicomial (MLA) no Pará. 

Além de Vitor, participaram das discussões profissionais inseridos no Sistema Único de Saúde (SUS), como os que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), além dos que trabalham em Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

Profissionais interessados em participar dos próximos fóruns podem entrar em contato com a Coordenação Estadual de Saúde Mental, pelo telefone (91) 4006-4304.