Sespa alerta para casos de dengue mesmo no verão
Apesar do início da estação mais quente do ano na região amazônica, a ocorrência das chuvas ainda é permanente. E por conta disso, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta a população para que tome alguns cuidados ao deixar as residências vazias durante as férias escolares, para evitar acúmulos indevidos de água. A orientação serve também para quem aproveita essa época do ano para reformar ou construir, pois determinados materiais que ficam depositados em quintais, como vasilhas e latas de tintas, podem acumular a água das chuvas e virar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Com base nessa orientação, a Sespa divulgou nesta segunda-feira, 6, o sétimo Informe Epidemiológico sobre a situação da dengue no Pará, que confirma 2.774 casos confirmados da doença este ano em todo o Estado, até o dia 2 de julho. No mesmo período do ano passado, foram 2.311 ocorrências.
Os municípios com maior incidência de casos confirmados este ano são: Belém (813), Parauapebas (239), Altamira (234), Senador José Porfírio (159), Canaã dos Carajás (94) e Ananindeua (71). Três mortes por dengue foram confirmadas este ano, duas na capital paraense e uma vítima de Rurópolis, sudoeste do estado. A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.
Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto Evandro Chagas (IEC) – que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue – para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. A Secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre a febre chikungunya.
Quando há necessidade, a Sespa ainda faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando a participação da população no controle da dengue.
Chikungunya – O vírus da febre chikungunya também está controlado, e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em 2015, cinco casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a dengue a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo 7 dias e não deixa sequelas. Não há registro de casos de morte provocados pela doença.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e à chikungunya. Logo, o Estado está preparado para seguir com o esquema já adotado. O tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Assim, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor.
Serviço: Mais informações sobre dengue e febre chikungunya são fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde.
Ananindeua: (91) 3073-2220
Marabá: (94) 3324-4904
Marituba: (91) 3256-8395
Santarém: (94) 3524-3555
Tucuruí: (94) 3778-8378
Em Belém, além dos telefones (91) 3344-2475, 3344-2459 e 3277-2485, estão disponíveis os telefones dos Distritos Administrativos da Prefeitura: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), Dagua (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).