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Segup reúne com produtores de pimenta-do-reino para definir ações contra roubos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/07/2015 12h35

No final de julho, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social vai iniciar uma série de ações de combate à criminalidade na área produtora de pimenta-do-reino, região nordeste paraense. O anúncio foi feito pelo secretário Jeannot Jansen na tarde de ontem, durante reunião na sede da Associação Cultural de Tomé-Açu, localizado em quatro bocas, distrito daquele município.

Reforço no trabalho das rondas rurais nas cidades produtoras da especiaria (dentre elas Tomé- Açu, Santa Isabel, Castanhal e Concórdia do Pará), possibilidade de assinatura de convênio entre a Segup e prefeituras para melhoria no transporte e combustível, criação de redes de contato (whatsapp) entre os produtores e órgãos de segurança e possível incremento na logística de transporte da Polícia Militar foram objetos de alguns dos acordos firmados entre a Segup e entidades do setor agrícola.

Segundo o diretor da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), Michinori Konagano, a cidade possui cerca de cinco mil produtores de pimenta-do-reino e estima-se que em 2015 a safra atinja a marca de três mil toneladas do grão. “Temos tido alguns casos de roubo e furto de pimenta-do-reino. Convocamos essa reunião exatamente para relatarmos os casos e buscarmos soluções para o problema”, explicou.

A safra da pimenta-do-reino começa no final de julho e vai até o início de outubro. A Associação Cultural Nipo-Brasileira de Castanhal estima que este ano o Pará e estado do Espírito Santo produzirão aproximadamente 28 mil toneladas do grão. A saca do produto (de 60 quilos) está custando R$ 1.200,00, valor que despertou a atenção de assaltantes. O Pará é o maior produtor nacional.

Cerca de 60 representantes de associações, sindicatos e federações participaram da reunião. O empresário Adailton Amorim chamou atenção para a necessidade de patrulhamento mais intenso, tendo em vista que o município de Tomé-Açu tem uma área superior a 5000 km². “Temos diversas vias que podem ser usadas como saída do município, além dos ramais que servem como rotas de fuga”, destacou. Outros problemas referentes a trânsito, roubos de celulares e motos, invasão de terras e tráfico de drogas também foram discutidos.

Sobre as medidas de combate à criminalidade, o secretário Jeannot Jansen comprometeu-se em reforçar a segurança naquela região, mas ressaltou a necessidade de uma parceria da sociedade. “Estamos aqui para acolher as demandas dos produtores e é do nosso interesse mudar esse cenário, mas para isso precisamos da colaboração da prefeitura, dos vereadores, do setor produtivo e dos moradores”, disse. “O secretário fez o seu papel e agora vamos estabelecer ações conjuntas com a participação dos produtores, da prefeitura e da sociedade civil”, reforçou Alberto Oppata, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Tomé-Açu.

“Precisamos ouvir e dialogar com a sociedade. Vamos potencializar a Ronda Rural aqui na região e ampliar a logística para atender bem a comunidade”, garantiu o comandante da Polícia Militar, coronel Roberto Campos, que participou do encontro junto com comandantes da PM na região e integrantes da Polícia Civil.